Pazuello pegou em fio desencapado
"A revelação da CPI vai dar mais uma dor de cabeça para ele que já está na mira do MPF. O vídeo que ele próprio gravou desmente o que disse aos senadores, que jamais negociou vacinas com alguma empresa", escreve o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik
Sabe-se, agora, que, apesar de ter contrato com o Instituto Butantan para fornecimento da Coronavac, o então ministro da Saúde, general Pazuello negociou aquisição de 30 milhões de doses da mesma vacina por meio de uma intermediária, uma outra “Precisa”, uma outra “Davati”.
A revelação da CPI vai dar mais uma dor de cabeça para ele que já está na mira do MPF. O vídeo que ele próprio gravou desmente o que disse aos senadores, que jamais negociou vacinas com alguma empresa.
Nele, ao lado de quatro diretores da World Brands, um dos quais se chama “John”, no gabinete do número 2 do ministério, coronel da reserva Elcio Franco, Pazuello diz: “Assinamos memorando de entendimento e com o compromisso de celebrar contrato no mais curto prazo possível”.
O vídeo foi feito no celular de “John”.
A World Brands tinha enviado a proposta na véspera a Elcio Franco: a dose sairia por US$28. O Butantan vende ao ministério por US$10. Dois dias depois do contrato assinado deveriam ser pagos 50% dos US$ 840 milhões.
O negócio não prosperou porque Pazuello caiu no dia 15, quatro dias depois da gravação e Elcio Franco, no dia 26, três dias depois de o novo ministro assumir.
Ainda não se sabe se ele revelou a negociação àquele a quem devia obediência
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