Pazuello marca Dia D e manda buscar na Índia o que já tem no Brasil
"Não faz sentido algum gastar milhões para buscar vacinas na Índia se o Butantã já dispõe de oito milhões de doses em solo brasileiro", avalia o jornalista Alex Solnik sobre o anúncio do ministro da Saúde. "Só faz sentido se o objetivo for – e deve ser – tirar de Doria a glória da primeira foto", diz
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
O suposto ministro da Saúde, general Pazuello, marcou, finalmente, na ordem unida, ops, entrevista de hoje o dia D: quatro dias depois da autorização da Anvisa.
Como o sim ou não da agência – para a coronavac e a Oxford – está marcado para domingo, 17, o Dia D será dia 21.
Ou seja: quatro dias antes da data anunciada pelo governador João Doria para iniciar a vacinação com a coronavac em São Paulo.
Pazuello também afirmou, com a cordialidade que lhe é peculiar, ter enviado um avião buscar na Índia 2 milhões de doses da vacina da Oxford, o que é meio estranho porque geralmente quem vende, entrega.
Mas, tudo bem, trata-se de uma emergência sanitária.
Contudo, se esse é o caso – e tudo indica que é – não faz sentido algum gastar milhões para buscar vacinas na Índia se o Butantã já dispõe de oito milhões de doses em solo brasileiro. Levando-se em conta que são quantidades ínfimas, para inglês ver, só para dizer que começou.
Só faz sentido se o objetivo for – e deve ser – tirar de Doria a glória da primeira foto.
Ou – pior ainda – reprovar a coronavac no exame da Anvisa.
O general também comunicou que a vacinação vai começar simultaneamente em todo o país, mas “ninguém vai começar antes de Manaus”.
Acrescentou que sua filha mora na cidade.
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