Pau que nasce torto morre torto
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“São as águas de março / Fechando o verão / É a promessa de vida / No teu coração”, é um trecho da letra da belíssima canção “Águas de Março”, composta por Tom Jobim no ano de 1972, um dos anos de chumbo da ditadura militar instalada em 1964.
Pois é, como se sabe, as águas de março do verão desse ano de 2021 já passaram, a triste data de 31 de março mal começou e que promessa de vida temos pela frente?
Se “pela repetição, até o asno aprende”, como diz um provérbio árabe, coitado do asno se ele tivesse que ouvir a gente ficar repetindo (como outros tantos indignados), em várias crônicas escritas nesse pouco mais de um ano de agonia, os assuntos relacionados à ditadura Bolsonaro e a pandemia do coronavírus.
Mas, o que vamos fazer se “pau que nasce torto morre torto”, como se ouve da sabedoria popular. Se houver alguém em sã consciência que acredita que alguma coisa vai mudar para melhor, com a troca de um ministro por outro quase igual, dentro desse governo genocida, que envie um roteiro com o cardápio da promessa de vida que temos pela frente. Aguardamos.
Uma pergunta: será que no meio da massa dos 57 milhões de cidadãos que elegeram o terceiro anticristo da história da humanidade tem alguém que defende, de peito aberto, esse processo claro de genocídio que atinge o nosso triste país ou vai ficar aguardando, escondido na moita, até ser descoberto, um dia, por um novo “Tribunal de Nuremberg”?
É de causar profunda estranheza e espanto as aglomerações em festas e atividades semelhantes que as TVs abertas mostram todo santo dia nos noticiários dos jornais. O que tanto essa gente “patriota” comemora? Será que eles comemoram os mais de 314 mil mortos pelo cononavírus? Vai saber, nesse mundo louco e desgovernado que vivemos, tudo é possível. Os institutos de pesquisa de opinião poderiam se apressar, quando essas aglomerações são descobertas, e perguntar para os participantes: “você votou em quem para presidente da república em 2018?”. Fica aqui a sugestão.
Se existe algum comando macabro, via as redes (anti)sociais, para que novas e repetidas aglomerações desse tipo pipoquem pelo país não temos como afirmar e, provavelmente, se existirem mesmo, essa sacanagem não é de agora. Lembro que a última vez que botei o pé num boteco, em março de 2020, escrevi o seguinte, quando voltei para casa:
“Em tempo. Nos poucos botecos que frequento atualmente, mais para jogar uma conversa fora sobre futebol e falar do meu Corinthians, tenho estranhado o comportamento de algumas pessoas. Várias delas que conheço apenas de vista e cumprimento com um simples e educado boa noite passaram agora a, estranhamente, a me estender a mão, num suposto gesto fraterno.
Mas nos dias de hoje, o que estará passando na cabeça dessas pessoas? Falta de informação? Será que não estão acompanhando as orientações passadas pelos médicos sanitaristas para evitar esse tipo de contato por causa do coronavírus que se alastra no país? Ou será que existe alguma orientação ou, mesmo quem sabe, até alguma ordem satânica por trás, vinda daquele pessoal legal da camisa amarela do Palácio do Planalto?
É difícil saber, mas que tem algo estranho acontecendo, isso tem.” [1].
Para concluir, se parecia que tinha “algo estranho acontecendo” em março de 2020 agora parece que não existe mais nada de estranho porque, convenhamos, “pau que nasce torto morre torto”. Alguma dúvida?
A luta continua! Abaixo a ditadura!
[1] Crônica publicada no democrático blog do Cacá Medeiros Filho em 16/03/2020:
http://cacamedeirosfilho.blogspot.com/2020/03/bola-ao-cesto-cronicade-heraldo-campos.html
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