Partidos políticos e balcão de negócios
A democracia brasileira representada pelos partidos políticos faliu. É que as siglas, majoritariamente, não representam o povo ou os seus filiados, mas sim empresas e interesses particulares. A Lava Jato escancarou essa relação entre empresas que realizam obras e serviços e o governo federal, o mesmo modelo que funciona nos estados e municípios brasileiros, com honrosas e raras exceções
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
A democracia brasileira representada pelos partidos políticos faliu. É que as siglas, majoritariamente, não representam o povo ou os seus filiados, mas sim empresas e interesses particulares.
A Lava Jato escancarou essa relação entre empresas que realizam obras e serviços e o governo federal, o mesmo modelo que funciona nos estados e municípios brasileiros, com honrosas e raras exceções.
(Para confirmar, é só ler a lista da Odebrecht, por exemplo, e ver os nomes de políticos de quase todos os partidos e origens beneficiados com dinheiro, o simpático "faz-me rir".)
Já os pequenos partidos, aqueles batizados como sendo de aluguel, funcionam como agência de negócios, o velho, bom e perverso "quem dá mais". Esse é o nó da política brasileira há décadas.
Ou de olho no Fundo Partidário, cujos recursos são provenientes, basicamente, do orçamento da União. "5% dos recursos são divididos igualitariamente entre os partidos registrados no TSE, 95% do restante divididos considerando-se a proporcionalidade das agremiações partidárias no Congresso".
Portanto, a democracia representativa morreu e precisa ser transformada, recriada. Não há mais como o País ser gerido através do presidencialismo de coalizão. Pelo menos não com tantos partidos e com tanta influência empresarial e de negócios escusos ou suspeitos.
Só para termos uma noção, atualmente existem 35 partidos regularmente capazes de disputar uma eleição. Outros 20 lutam para coletar assinaturas e se credenciarem perante o Tribunal superior Eleitoral (TSE).
O povo quer mais, muito mais do que uma simples troca de chefe do Executivo. E quem não conseguir fazer essa leitura vai ser atingido pelo trem da história.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247