Parabéns ao México pela brilhante vitória. Não no futebol, mas na política
Os mexicanos merecem nossos parabéns. Se não foram páreo para o Brasil no futebol, mostraram que não aceitam mais a política imperialista que foi adotada por lá nos últimos anos (e que Temer repete agora no Brasil)
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Os mexicanos merecem nossos parabéns. Se não foram páreo para o Brasil no futebol, mostraram ontem (1/7) que não aceitam mais a política imperialista que foi adotada por lá nos últimos anos (e que Temer repete agora no Brasil). A eleição de López Obrador para a presidência do México representa um recado claro de um dos principais países latino-americanos contra a tentativa americana de tomar o controle econômico da região.
O México, vale lembrar, foi nos últimos anos o que o Brasil tenta ser agora, desde o golpe que pôs Michel Temer no poder. Entregou sua política econômica aos interesses americanos, inicialmente pela desditosa Alca, posteriormente pela completa submissão das políticas econômica e monetária ao dólar e aos Estados Unidos.
O que os mexicanos receberam em troca? De positivo, nada. Não houve ganho tecnológico para a indústria, tampouco o dinheiro americano significou melhora da qualidade de vida do povo. Pelo contrário. O corolário disso tudo está aí, no governo Trump, com o tratamento desumano aos imigrantes, a maioria mexicanos.
Obrador foi eleito com votação esmagadora, mais de 50% dos votos. Isso ocorre porque ele personificou o NÃO dos mexicanos ao projeto da direita que vingou no país nos últimos anos. Basta lembrar que hoje (2/7), apenas um dia após ser eleito, Andrés Manuel López Obrador anunciou que vai revisar "um por um" os contratos das concessões à empresas privadas no setor petrolífero -- o México assinou mais de 100 contratos no setor de petróleo desde a polêmica aprovação da reforma do setor em 2013, que acabou com o monopólio da estatal Pemex.
Recado melhor para o Brasil não poderia ser dado: o que fizeram, os conservadores mexicanos, com a Pemex, é o que fazem, os conservadores brasileiros, com a Petrobras. Inclusive aproveitando os olhares voltados para a Copa e vendendo reservas do pré-sal.
Não é à toa que muitos chamam Obrador de o Lula mexicano. Momento, portanto, de reforçar o Lula livre e tudo o que ele representa: uma política econômica para os brasileiros, que defenda os interesses nacionais e inclusive a retomada das riquezas do país já entregues pelo desgoverno Temer.
No futebol, seguimos na Copa. O México, vai pra casa mais cedo. De cabeça erguida, não apenas pelo bom desempenho no torneio, mas sobretudo pela vitória de Obrador, que sinaliza a afirmação do país no cenário internacional.
Boa sorte, López Obrador. Felicidades, México.
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