Para que a Lira tocará? Para o neoliberalismo ou para o povo?
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A lira é um dos quatro instrumentos musicais criados por Hermes. E a história ou lenda, nos conta que o deus mensageiro criou o instrumento para roubar o rebanho de Apolo, Que furioso só ficou calmo quando recebeu de Hermes a lira.
Apolo, um dos deuses mais considerados do Olimpo, principalmente por ser justo, viu ser roubado dele seu rebanho, através da argúcia de Hermes, que confeccionou uma encantadora lira que vibrou aos ouvidos do seu gado (de Apolo) hipnotizado ir ao seu encontro...
O protetor das artes, e reconhecido pela proteção aos rebanhos e colheitas, passa a ter a posse da lira, dantes pertencente ao protetor dos ladrões, e dos comerciantes: Hermes.
A mitologia é uma forma antiga de narrativa, que traz em seu cerne o simbolismo dos fatos.
Bem, nós brasileiros, em grande maioria, estamos sendo vilipendiados há séculos por governos senhoriais, e golpeadores da "democracia plena'', com especial celeridade, de dois anos para cá: tal interregno, fez o "mal'' passar a ser o "bem". Até quando nobres leitores? Quando tal lacuna de tempo ignóbil voltará aos padrões de uma renascença purista e igualitária.
A legalidade é paradoxal, ela possui em sua faceta de permissividade, um quê de restrição, o que por vezes, faz respingar sangue sobre os miseráveis, que ela, em última análise recria para incrementar o sistema social irreflexivo e corrompido.
A pós-modernidade atingiu a religiosidade; tanto que assassinos brutais sobem em púlpitos para "pregar" sobre Jesus, ou melhor, para pregá-lo novamente na cruz.
As criaturas brasileiras nascem e morrem sob o pano de fundo de uma "sociedade de serviços" - inventada para o bem da burguesia, e mal do proletariado. Uma sociedade que é obrigada a vender sua subjetividade por 150,00 reais de auxílio emergencial.
O câncer do neoliberalismo parece emergir das trevas, e insiste em se personificar. Em personalidades celeradas e potentes, que montam em cargos, que aparentemente vieram do voto popular...direto ou indireto.
Bem, a responsabilidade atribuída ao estabelecimento de um processo de impeachment vai muito além da política partidária ou apartidária: é uma questão 100 % humanitária.
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