Para o mundo ver
Essa tragédia com ares de carnificina tem sido, até agora, o principal legado desse teatro macabro do golpe parlamentar, da seletividade da Lava Jato e do espetáculo de insensatez e fanatismo religioso em torno da investigação e da denúncia do Ministério Público Federal contra o presidente Lula
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As imagens de soldados da Polícia Militar espancando, arrastando e ROUBANDO uma mulher que vendia água e refrigerantes na Avenida Paulista não é só uma cena absurda e revoltante.
É o retrato do Brasil pós-golpe, como, antes, havia sido aquele outro, de soldados da PM e da Polícia do Exército, investindo com cavalos e espadas contra brasileiros e brasileiras na igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, no sangrento ano de 1968.
Quando se rompe o processo democrático, libertam-se os demônios do fascismo e os cães raivosos, sobretudo os de farda, enlouquecem com o cheiro de sangue.
Essa tragédia com ares de carnificina tem sido, até agora, o principal legado desse teatro macabro do golpe parlamentar, da seletividade da Lava Jato e do espetáculo de insensatez e fanatismo religioso em torno da investigação e da denúncia do Ministério Público Federal contra o presidente Lula.
Depois, não reclamem.
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