Para Bolsonaro sobrará apenas os lunáticos

"A esses não há remédio. Talvez assim fiquem para sempre, com uma devoção desprovida de materialidade ao clã Bolsonaro", diz Carlos D'Incao

Bolsonaro entrega papel à Arthur Lira
Bolsonaro entrega papel à Arthur Lira (Foto: Reprodução/Youtube)


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Diz a História que quando o grande revolucionário Oliver Cromwell decapitou o Rei Carlos I da Inglaterra, numa manhã fria de janeiro do ano de 1649, uma multidão assistiu o ato com silencioso alívio. 

Cromwell levantou a cabeça do primeiro monarca decapitado da História europeia, deixou o sangue cair em suas mãos e disse: “Vejam, o sangue dele não é azul, é vermelho como o de todos nós.” 

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Ato contínuo descartou com desprezo a cabeça de um rei tirano que impedia as instituições de funcionarem e que governava na base da propina e na distribuição de títulos de nobreza. 

Seus apoiadores foram enforcados e a Inglaterra moderna nascia pela sua revolução puritana, popular, campesina e também burguesa. 

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Em suma, todos apoiavam os revolucionários e quando o Rei Carlos se foi, apenas os lunáticos sonhavam com o retorno do absolutismo. 

Passaram-se mais de 300 anos desse evento e não podemos deixar de notar certas similaridades entre aqueles dramáticos episódios e o processo eleitoral que vivemos. 

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Destilando a violência e a guerra revolucionária, temos hoje uma nação que se uniu para derrubar um presidente senil e tirânico. Um genocida contemporâneo, com aspirações de ditador. 

A carta pela democracia, a ser lida no dia 11 de agosto deixa claro sua mensagem: Todos os setores abandonaram a loucura pela volta da normalidade institucional e pela ordem democrática. Do sertanejo nordestino ao banqueiro paulista, do motoboy ao grande industrial, não há ninguém em sã consciência que vislumbra um país com Bolsonaro como presidente em 2023.

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Sobrará sempre um setor: os lunáticos. A esses não há remédio. A própria sociedade e o mundo do trabalho os colocarão de volta à normalidade… ou não… talvez assim fiquem para sempre, com uma devoção desprovida de materialidade ao clã Bolsonaro, garantindo fórum privilegiado aos familiares… pois nada mais servirá a política para esses do que isso. 

A lição histórica deve ser aprendida. Que nunca mais os grandes meios de comunicação caiam no canto da sereia do golpismo que rompeu com a normalidade. Pois o que vem depois da normalidade é justamente a anormalidade, com uma qualidade por vezes ignorada: não há limites para aquilo que é anormal… e dessa anormalidade surgiu esse animal selvagem chamado Bolsonaro.

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Caso haja uma recaída da sanidade desses setores, caberá às forças democráticas frear a loucura. Já aprendemos com quem lidamos.

Bolsonaro não será derrotado em outubro, será decapitado. Seus seguidores talvez bradem pelas ruas pedindo golpe e acusando o processo eleitoral de fraudulento. Serão os lunáticos… O discurso de vitória de Lula será o caminho da pacificação nacional. 

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Ainda há 60 dias até lá… alguns podem dizer que não se deve abaixar a guarda e estão certíssimos: serão 60 dias de lutas nas ruas, nas redes, nos bares, nas favelas e em cada canto desse país. 

Mas se fizermos o bom combate, com inteligência, convicção e politização, venceremos. Bolsonaro virará apenas uma lamentável página de nossa História. 

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Temos três frentes de combate: a resistência e o desmascaramento do pacote eleitoreiro de Bolsonaro; o convencimento dos indecisos e, por fim, o esvaziamento do eleitorado de Ciro Gomes. 

Nada pode passar, com exceção - é lógico - dos lunáticos que são caso de polícia ou manicômio (e que no fim sempre compôs o eleitorado desse imbecil chamado Messias).

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