Para além de direitos trabalhistas, o brasileiro perdeu o direito ao lazer
Churrasquinho com a família aos finais de semana, clube com amigos, shows, festas, cinema e outras formas de diversão foram deixadas de lado
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Desde o golpe de 2016 ─ que destituiu do poder a presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff ─, o trabalhador brasileiro tem sofrido com uma avalanche de retiradas de direitos trabalhistas. Tanto o ilegítimo Temer como Bolsonaro não mediram esforços para atender às reivindicações dos patrões, em detrimento da qualidade de vida daqueles que sustentam o país.
Só que, no atual governo, os retrocessos foram muito além e perdemos também o direito ao lazer ─ assegurado pela Constituição da República Federativa, em seu artigo 6º.
A má gestão da pandemia e as inúmeras crises políticas geradas por Bolsonaro jogaram o Brasil num inimaginável cenário de carestia e de alta inflação. Isso, por sua vez, refletiu diretamente nas finanças do trabalhador, que precisou escolher entre o lazer e o mínimo à sobrevivência, como alimentação e moradia.
Churrasquinho com a família aos finais de semana, clube com amigos, shows, festas, cinema e outras formas de diversão foram deixadas de lado. Pois, o que se ganha mal dá para comer e isso não é sensacionalismo. Muitos, inclusive, sequer podem ter um dia de folga. Trabalham de segunda a segunda em dois ou mais empregos para conseguir pagar as contas no final do mês. Tudo ficou caro, e a culpa, sabemos, é de Bolsonaro.
Essa triste realidade nos faz lembrar dos saudosos tempos do governo Lula, em que não era preciso fazer escolhas. Com uma política inclusiva que priorizava a população mais vulnerável, o então presidente da República possibilitou que o brasileiro tivesse acesso a coisas antes inimagináveis.
Picanha na brasa, viagens de avião, alimentação e moradia de qualidade, viagens a Disney, tudo era possível. Com Lula, comíamos do bom e do melhor. Provávamos o gostinho das coisas boas e vivíamos uma era de ouro. Um tempo em que tínhamos orgulho de nos dizer brasileiros, com dignidade e esperança.
Quem não se lembra daqueles tempos com muita saudade? Pode até parecer anedota, mas Lula transformou o filho do pedreiro em engenheiro, enquanto Bolsonaro transformou o engenheiro em motorista de aplicativo e depois, nem o carro deu para manter mais rodando. Ou, se preferir, Lula levou o pobre ao aeroporto e Bolsonaro trouxe a burguesia até a rodoviária.
Mas não basta apenas recordarmos com nostalgia. É preciso trazermos de volta esses anos dourados. Fomos felizes, muito felizes e o Brasil pode ser feliz de novo, assim como diz a canção: “é só você querer, êêê, que amanhã assim será...”. Eu sei que você se lembra da letra, então, canta junto.
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