Papa Francisco e sua humanidade
A Praça São Pedro vazia e as bênçãos papais ao mundo só refletem e nos faz pensar, que mundo queremos? Qual será o grande aprendizado desta pandemia? Quantos entes queridos nos deixaram para pararmos, não em quarentena de isolamento forçoso, mas será que sairemos de nossos isolamentos da indiferença e do egoísmo?
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A humanidade passa pelo seu momento mais dramático do século XXI. As notícias diárias do esforço descomunal de equipes médicas tentando salvar vidas, os isolamentos sociais, e governos atônitos, deprimem e angustiam.
A pandemia global da Covid-19 não respeita fronteiras, culturas ou classes sociais; passa e deixa um lastro de enfermidades destruindo e matando.
Isso faz aos não contaminados, pela ignorância ou pela perda da humanidade, refletirem e reavaliarem o próprio sentido da existência e da coletividade.
Em meio aos recordes de mortos, seja na Itália ou na Espanha; ao comboio fúnebre de caminhões do Exército carregando caixões; às cidades vazias e à luta desesperada, surge a figura do Papa Francisco, só, em prece na praça de São Pedro, pedindo pela humanidade.
Cena forte e emocionante que nos traz em meios às trevas, os fechos de luz e de esperança que tanto necessitamos.
O gigantismo humano do Papa Francisco, nesses tempos tão difíceis, é um exemplo e uma inspiração; suas palavras, independentemente, do credo religioso confortam e amenizam tamanhas angustias.
Evidentemente que iremos vencer esta pandemia, mas há um custo incalculável de vítimas humanas, e de provocações inadiáveis sobre novos paradigmas da coexistência.
Não será mais aceitável a frenética e egoísta globalização econômica que apenas acumula riquezas para poucos privilegiados. Não é mais possível a agressão inconsequente à mãe terra; como não será mais compressível a indiferença humana frente aos seus semelhantes.
Crise pandêmica esta, prova duramente, que somente a cooperação entre Estados, a solidariedade humana e a compaixão ao próximo serão capazes de derrotar a Covid-19.
Tarefa igualmente urgente será reconstruir os Estados - não mais nos escombros de argamassas e concretos que as guerras produzem - mas reconstruir as economias e uma nova ordem social menos egoísta, menos gananciosa e menos mercadológica.
Será preciso dividir o pão. Será imperativo repensar o próximo.
Será impreterível mudarmos e recuperarmos nossa humanidade perdida na corrida do acúmulo e da indiferença.
A Praça São Pedro vazia e as bênçãos papais ao mundo só refletem e nos faz pensar, que mundo queremos? Qual será o grande aprendizado desta pandemia? Quantos entes queridos nos deixaram para pararmos, não em quarentena de isolamento forçoso, mas será que sairemos de nossos isolamentos da indiferença e do egoísmo?
Juntemo-nos às orações de Francisco, seja você católico ou não, pois a imagem transmitida não é indiferente ao mais cético ser humano de hoje.
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