País não é dos fascistas, Lula é o Brasil livre e Noblat vira menino de recado de golpistas
A participação de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições para presidente não é meramente hoje no País apenas uma questão eleitoral e partidária. Trata-se da retomada do Brasil em direção à civilização
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Antes de tudo e qualquer coisa é necessário dizer que as declarações de autoridades federais e estaduais, bem como da OAB, apoiadora de golpes de estado, aconteceram de forma tardia e cínica, pois há semanas os integrantes das Caravanas de Lula nos três estados sulistas, bem como os blogs e sites progressistas têm denunciado, intermitentemente, a violência de grupos fascistas ou de extrema direita contra ativistas, simpatizantes e eleitores de Lula e do PT, assim como os ônibus das caravanas têm sido alvos de ameaças, insultos e arremessos de ovos, paus, pedras e agora balas de armas de fogo.
O silêncio de autoridades golpistas e usurpadoras do Governo Federal e dos governadores dos Estados do Sul é uma escândalo nacional, que desmoraliza de vez a Constituição e põe de joelhos o Estado de Direito, pois os direitos de cidadania garantidos pela Carta Magna e pelo regime democrático, como o de fazer reunião, de livre expressão e de ir e vir foram, barbaramente, violados.
Autoridades como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmaram, sadicamente e irresponsavelmente, que o PT "colhe o que plantou". Como assim tucano cara pálida? Lula lidera as pesquisas e ganharia no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Então o PT de Lula e de Dilma Rousseff colheu apoios de dezenas de milhões de brasileiros, porque plantaram desenvolvimento, distribuição de renda e riqueza, além de igualdade de oportunidades. Coisas que a direita golpista jamais fez e, por causa disso, teve de dar um golpe de estado para conquistar o poder ilegitimamente. Ponto.
O silêncio de autoridades do Congresso, nas pessoas de Eunício Oliveira (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara), dos governadores sulistas José Ivo Sartori (RS), Eduardo Pinho Moreira (SC) e Beto Richa (PR), bem como o silêncio retumbante do ministro Extraordinário da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann, denota que o golpe terceiro-mundista visa dar continuidade à sua segunda parte, que é impedir que Lula seja candidato a presidente, pois a primeira foi sacramentada com a deposição absurda de Dilma Rousseff.
Todas as autoridades federais e estaduais coniventes e cúmplices do golpe ficaram quietas e algumas delas resolveram "criticar" os movimentos fascistas no sul do País, porque suas arbitrariedades e violências foram denunciadas nacionalmente e internacionalmente. O usurpador Jungmann, por exemplo, só abriu a boca depois de ser pressionado, quando finalmente resolveu dizer que recomendou aos governadores golpistas da região sul que garantissem o direito de ir e vir das caravanas de Lula e a integridade física das pessoas que viajam nos ônibus, bem como dos cidadãos que participam dos manifestos do ex-presidente.
Enquanto Lula luta pela sua sobrevivência política e citadina, a enfrentar o sistema estatal (Judiciário, MPF e PF), político e midiático, além dos fascistóides que agridem e insultam àqueles que não pensam como eles, uma forma selvagem e bárbara de interditar o debate político e social, o jornalista porta-voz do golpe e de O Globo, Ricardo Noblat, a despeito de ter criticado os fascistas que deram até tiros em ônibus da Caravana de Lula, deu um aviso de ministro oculto, que considerou não ter eleições presidenciais este ano.
Isto é uma provocação mequetrefe e rastaquera, pois, segundo Noblat, o jornalista do Globo que apoiou o golpe contra 54,5 milhões de brasileiros que votaram em Dilma, o ministro golpista e oculto pateticamente afirmou que os militares não estariam dispostos a tomar conta desse "pepino", como se o Brasil fosse um pepino, quando o "pepino" pertence somente aos golpistas, tanto da iniciativa privada quanto da poder público. Vixe, assim não dá, pois uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
A verdade é que Ricardo Noblat, tal qual Merval Pereira, Miriam Leitão et caterva está a jogar verde para colher maduro, a verificar o termômetro político e o humor dos servidores públicos de poder e mando, que perceberam ser a prisão de Lula um estupro contra a verdade, a razoabilidade, a Constituição e o Código Penal. Noblat, na altura do campeonato de sua vida, torna-se menino de recado de golpistas, pois deixou de fazer jornalismo há muito tempo...
Não dá mais para tergiversar e flertar com o imponderável, que poderá jogar de vez o Brasil no precipício da iniquidade e do recrudescimento da crise política, que poderá levar o povo brasileiro a uma inexorável violência, cujo "aperitivo" se traduz nas agressões à Caravana de Lula.
Quem é o ministro golpista e sem vergonha que disse ao Noblat, o "amigo" de mi-shell temer, que poderá não haver eleições? Ele, o sem vergonha, está a dizer que o calendário eleitoral pela primeira vez após a promulgação da Constituição, em 1988, será irremediavelmente suspenso? Mas, pergunto: quem suspenderá definitivamente o processo democrático e eleitoral no Brasil e impor, literalmente, uma ditadura aberta, assumida e despida de filigranas, dissimulações, manipulações e mentiras? Tipo assim: "É ditadura mesmo e dane-se todo mundo!" Ponto.
O povo brasileiro e inúmeros setores importantes da vida brasileira, e isto é real, estão a perceber que o Brasil somente retomará a normalidade democrática, institucional e constitucional com eleições livres, abertas e diretas. Não tem jeito. Apenas um mandatário legítimo e sufragado pelas urnas soberanas poderá restabelecer a lei e a ordem constitucionais e, com efeito, ordenar e hierarquizar novamente as instituições republicanas, sendo que muitas delas se insurgiram contra o Estado Democrático de Direito e, com efeito, violaram a Constituição.
O Congresso, o Judiciário, o MPF, a PF e setores das polícias estaduais, além de governadores, apoiaram o golpe de estado contra uma mandatária legítima e constitucional. Uma aventura inconsequente, que colocou as instituições tão caras ao País e à cidadania nas páginas mais sombrias da história do Brasil, pois servidores públicos resolveram tomar posições, escolher lado, pois partidarizaram-se e, ideologicamente, transformaram, vergonhosamente, as instituições e corporações em partidos políticos. Em um país civilizado e realmente democrático, tais servidores seriam processados e severamente afastados ou demitidos para o bem do serviço público.
A participação de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições para presidente não é meramente hoje no País apenas uma questão eleitoral e partidária. Trata-se da retomada do Brasil em direção à civilização, em busca de seu marco civilizatório, que se edifica com o respeito às leis e ao contrato político e social entre as forças políticas e econômicas antagônicas.
A resumir: um acordo entre as diferentes classes sociais, de forma que o Brasil retome seu desenvolvimento econômico e efetive, definitivamente, mecanismos para que nunca mais um bando sacripantas covardes e ladrões tomem o poder de assalto e desmonte, não somente a economia e o Estado nacional, mas, sobretudo, a autoestima e o sonho de melhorar de vida de toda a Nação. Lula Livre! É isso aí.
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