Padre Bovo e não Bozo de Laranjal Paulista ataca Lula e TSE

"A que ponto chegou a indigência moral e intelectual no Brasil", escreve Davis Sena Filho

(Foto: Reprodução)


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Por Davis Sena Filho 

O padre Edison Geraldo Bovo foi tão irresponsável e inconsequente, além de leviano, que chegou ao ponto de em plena missa acusar o ex-presidente Lula de usar profissionais para subornar o STF. A que ponto chegou a indigência moral e intelectual no Brasil. 

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A injustiça associada à mentira, elas são irmãs siamesas, são, sem sombra de dúvida, os termômetros mais precisos e pontuais para se medir a degradação moral de uma sociedade, a exemplo da brasileira, que está a vivenciar uma encruzilhada para seguir sua amarga rotina, de maneira que é muito grande a chance para que o Brasil chafurde na lama fétida e putrefata da barbárie e da iniquidade, porque demonstra, sistematicamente, ser um País atrasado, preconceituoso, violento, odiento e sectário, com castas sociais perfeitamente definidas, que estão neste momento em conflito social por causa da luta de classes.

E um dos exemplos de milhares de péssimos exemplos sobre a atual realidade brasileira é o padre da Igreja Católica, Edison Bovo e não Bozo, de Laranjal Paulista, município do Estado de São Paulo. Lá, em sua paróquia, tal religioso se contrapõe às lutas históricas da Igreja a qual ele serve, que por sinal tem um passado e presente de lutas em defesa dos mais pobres, dos desvalidos e despossuídos, de maneira que muitos de seus integrantes foram perseguidos, exilados, presos, torturados e mortos por defenderem no País a igualdade e a justiça entre as pessoas.

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E não é que esse padre irresponsável deitou falação e resolveu fazer um comício na Igreja onde ele atua como cabo eleitoral de um presidente considerado fascista e que está a realizar o maior fracasso social e econômico da história do Brasil desde o início de sua redemocratização, a partir das eleições para governadores em 1982? Tal religioso fez ataques descabidos e insidiosos ao ex-presidente Lula e ao sistema eleitoral brasileiro, a transmitir ao público da igreja opiniões sem pé nem cabeça, a se basear em mentiras e distorções das realidades quanto a esses assuntos.

Ele também atacou o governador de São Paulo que milita no campo da direita, o tucano privatista e fundamentalista do mercado, João Dória, que recebeu parte do ódio do padre, por ser considerado inimigo de Jair Bolsonaro, mas jamais por ser um político de direita. O "religioso" reafirmou as mentiras de bolsonaristas repercutidas rotineiramente nas inúmeras redes sociais, ao dizer que os governadores são culpados pela quebradeira na economia porque impuseram medidas restritivas com a finalidade de evitar o avanço da pandemia do novo coronavírus em seus respectivos estados. 

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Trata-se de um verdadeiro absurdo, pois sintomaticamente de má-fé e mentiras vergonhosas evidenciadas por um religioso da Igreja Católica, que faz lembrar de muitos pastores das igrejas evangélicas, que tem a mesma conduta e postura para realizar o combate político por meio de fake news e de distorções premeditadas da realidade, pois o interesse é impor ao País um regime autoritário em que o Estado laico passa a ser apenas uma letra morta na Constituição.

Entretanto, o padre de extrema direita, Edison Bovo e não Bozo, resolveu em plena missa aos fiéis da Igreja onde ele supostamente professa as palavras de Deus despejar palavras insultuosas contra terceiros, por intermédio de sua língua ferina ou maledicente. Tal religioso, então, passou a dizer impropérios e mentiras, calúnias e difamações, além de injúrias contra os políticos que ele considera inimigos e adversários de Jair Bolsonaro, um presidente visto como fascista e radicalmente neoliberal dentro do Brasil e também no exterior.

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O político que o padre tem imensa simpatia é, na verdade, um mandatário que é a favor da tortura como método de combate político e ideológico, bem como é useiro e vezeiro em emitir preconceitos contra grupos sociais que até hoje, em pleno século XXI, lutam para serem tratados com dignidade e respeito, assim como reivindicam igualdade de oportunidades para trabalhar, estudar, e, consequentemente, serem plenamente incluídos na sociedade.

Além disso, o padre apoia um presidente que é acusado, juntamente com seus filhos e ex-mulheres, de comprar inúmeros imóveis e se envolver com rachadinhas em gabinetes, além das questões pertinentes às milícias cariocas e a familiares de milicianos que trabalharam em casas legislativas onde atuam e atuavam os filhos do presidente da República. Sobre essas questões, o padre Bovo e não Bozo não tocou no assunto. Boquinha de Siri! Conveniente...

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A verdade é que o padre Edison Bovo e não Bozo pertence à parte da sociedade que é cúmplice dos desmandos e crimes administrativos e de responsabilidade política de Bolsonaro e de seus generais privatistas e entreguistas. Bovo e não Bozo, não confunda, é cidadão e eleitor do atual presidente e igualmente a ele se contrapõe à inclusão de milhões de pessoas, porque simplesmente os cidadãos das camadas mais simples e pobres são considerados como de segunda classe e por isso jamais aceitos como seus iguais ou seres humanos que também tem direitos, projetos e sonhos na vida. E esse processo maquiavélico e dantesco acontece há séculos no Brasil, porque se trata de uma sociedade que carrega consigo os signos da escravidão secular e oficial de 300 anos.

Com a intenção e o desejo de que Jair Bolsonaro vença as eleições presidenciais, o padre Bovo e não Bozo não se fez de rogado e afirmou, sem prova alguma, mas com muita leviandade que o “sistema de voto é fraudável”, além de dizer, o seguinte: “Nós estamos pagando para fazer propaganda mentirosa dizendo que é seguro. Não é seguro. Em nenhum país isso é seguro. Seguro é eu ir no mercado pegar meu tíquete e conferir”.

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Depois de atacar com mentiras o TSE, que há meses se comunica com a sociedade brasileira por meio de campanhas institucionais, que visam dar garantias que o sistema de votação eletrônico é confiável, bem como desde que foi implementado em 1996 jamais aconteceu fraudes graves que pudessem inviabilizar ou colocar em perigo a decisão de cada cidadão brasileiro quanto ao seu voto na urna eletrônica, sendo que tal processo tecnológico é elogiado mundialmente há décadas, o padre de Paulista de Laranjal continuou com sua prosopopeia de insultos e mentiras quanto à honra de Lula.

Ele disse que o ex-presidente é "o maior ladrão do mundo", para logo complementar a sua sandice e oratória sórdida e desrespeitosa, tal qual faziam os "cristãos" quando colocavam as pessoas em fogueiras na Idade Média: “Sabe quanto que nós pagamos pra dizer que ele (Lula) é bonzinho? Derrotou, provou, tem documentação, devolveu, passou por três instâncias e agora é limpinho, inocente” — acusou o padre, mesmo sabendo das ilegalidades e crimes da Lava Jato. 

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O padre de província e pleno de má-fé intelectual continuou com sua ladainha deletéria ao asseverar, de forma ladina e covarde em seu lamentável discurso político, que o dinheiro dos fiéis foi usado para pagar o STF e advogados para dizer que ele (Lula) é inocente. “Vai se candidatar e muita gente vai votar” — concluiu o padre Edison Bovo e não Bozo, sem apresentar qualquer prova para as acusações infundadas e desprovidas de qualquer seriedade.

Certamente, o padre Bovo e não Bozo deve estar satisfeito com a miséria, a fome, o desemprego, o desmonte do Estado, a falta de oportunidades, a violência sem precedentes, a concentração brutal de renda, o desmatamento criminoso, a entrega das riquezas e do patrimônio público do País, além da deplorável atuação do governo fascista de Jair Bolsonaro quanto às mais de 620 mil mortes ocorridas no Brasil por causa da atuação indigna de um desgoverno militarista e ultraliberal, que foi e continua a ser incompetente, irresponsável e inconsequente no que se diz respeito ao combate à letal Covid-19.  

Aliás, o presidente que o padre de Laranjal Paulista apoia foi eleito por meio das urnas eletrônicas, inclusive várias vezes para deputado federal, sendo que ele nunca reclamou. Ele reclama agora porque poderá perder as eleições de outubro deste ano, e como é chefe de um governo fracassado, sem quaisquer projetos e programas para melhorar as condições de vida do povo brasileiro, evidentemente que tal político e presidente conta com inúmeras pessoas como o padre Edison Bovo e não Bozo, dispostas a causar confusão e desinformação perante todos aqueles que ouvem suas sandices conspiratórias e lamentavelmente golpistas.

A verdade é que o sistema de fake news, como acontece nos subterrâneos da política por intermédio do filho 02 de Bolsonaro e seu Gabinete do Ódio, é uma das duas principais razões de Jair Bolsonaro ter sido eleito presidente, porque a outra razão foi a prisão injusta e surreal de Lula, que o juiz Sérgio Moro ou Marreco — o homem muito menor — tratou de realizar por meios criminosos.

Esse processo golpista e usurpador afastou o afastou Lula do certame eleitoral de 2018, sendo ele o político de esquerda mais importante da América Latina, o que fez Moro — o homem muito menor — a ganhar de Bolsonaro como prêmio pelos seus crimes a cadeira de ministro da Justiça à espera de uma vaga no Supremo, fato este que jamais aconteceu, porque as duas serpentes venenosas de direita entraram em rota de colisão e hoje não se suportam.

Enfim, o padre de Laranjal Paulista, uma pequena cidade do interior de São Paulo se transformou em um político militante e de extrema direita, a defender o indefensável, a justificar o injustificável e a cometer uma série de mentiras que são verdadeiros dolos à inteligência humana e à verdade de que o Brasil se tornou um pária internacional e um país muito mais pobre e violento nas mãos do presidente fascista, militarista e neoliberal Jair Bolsonaro.

Tomara que Deus tenha compaixão e misericórdia por esse padre que aposta no obscurantismo e na ignorância, que usa a má-fé intelectual como ferramenta de combate político e ideológico. Por sua vez, que a liderança da Igreja Católica no Brasil chame sua atenção, porque antes de qualquer coisa ser cristão é lutar pelos mais pobres, recrudescer a inclusão social, assim como implementar a igualdade de oportunidades para toda a população, sempre a ter como propósito o desenvolvimento do Brasil e a diminuição radical das desigualdades sociais e regionais. É padre Bovo e não Bozo, tá?! É isso aí.

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