Outra política para retomar o crescimento econômico

Não há saída para o desenvolvimento econômico que não seja por meio da produtividade, coisa que Temer e seu grupo não sabem como se faz. Aliás, sabem sim, mas o objetivo é entregar tudo o que for do interesse de quem quiser comprar

industria
industria (Foto: Enio Verri)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Temer e a imprensa que lhe dá sustentação naufragam abraçados no maremoto econômico brasileiro. A retomada da economia do ministério de notáveis golpistas se resume em encher as burras das agências de publicidade para criar peças que pintem a realidade de azul e sustentar os jornais dos grandes veículos de comunicação. No Brasil de verdade há recessão e desemprego.

As medidas de paralisia e asfixia do Estado e as incertezas políticas do governo afugentam empresários interessados na produção industrial e debilitam a economia. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada em abril, a produção industrial de março recuou 1,8%, em relação a fevereiro. O desastre do golpe corrói todos os setores produtivos, desde veículos a derivados de petróleo, passando pelos produtos farmoquímicos e farmacêuticos.

A imprensa não para de dizer, não sem alguma discrição, que a economia brasileira dá constantes sinais de recuperação, mas não é o que se vê. Desde fevereiro, após uma propalada, mas ínfima recuperação em janeiro, não houve sinais de retomada de crescimento para o primeiro trimestre. Pesquisa Mensal do Comércio (PMC-IBGE), de abril, apontou queda de 1,2% nas vendas em mercados e hipermercados, em fevereiro em ralação a janeiro. A pesquisa aponta que o crescimento de 9,2%, em janeiro, é devido ao 13º salário.

continua após o anúncio

O governo não tem vergonha de anunciar, e os grandes jornais de publicar que a inflação está abaixo do centro da meta. Temer não explica, e os jornalistas não ponderam que não há inflação porque não há consumo. E não há consumo porque não há emprego. A cada semana, a cada mês, as notícias sobre a economia são piores e os índices de desemprego não param de crescer. As medidas do governo, quando não são placebos, como a liberação dos valores inativos do Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço (FGTS), são a entrega dos recursos energéticos e empresas brasileiras.

O mais de R$ 25 bilhões do FGTS liberados para saque não têm poder para aquecer a economia. Os valores a que os trabalhadores têm direito variam entre R$ 500 e R$ 1.500. A maior parte será usada para quitar dívidas e, em breve, todo o montante estará captado pelo mercado financeiro. Entregar ao capital privado os recursos naturais e as empresas construídas com o suor e o sangue dos brasileiros é a submissão à subalternidade. Atitude de um governo elitista que não acredita no capital humano do seu País e o subjuga à miséria.

continua após o anúncio

Não há saída para o desenvolvimento econômico que não seja por meio da produtividade, coisa que Temer e seu grupo não sabem como se faz. Aliás, sabem sim, mas o objetivo é entregar tudo o que for do interesse de quem quiser comprar. Mas esse governo não faria metade do que fez, em um ano, não fosse o firme apoio da imprensa interessada no golpe e a alienação geral da população.

Não há como retomar o crescimento econômico com o grupo político que tomou o governo de assalto. O resultado da guerra no Congresso Nacional, entre golpistas e oposição, dependerá da capacidade de mobilização social. Tanto nas bases dos parlamentares, quanto em Brasília, eles devem cobrados todos os dias até que se realize eleições diretas, ainda em 2017. Somente com uma nova orientação política é que o Brasil será novamente um País de todos.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247