Ou é paciente ou é presidente

"Isso de transferir o Palácio do Planalto para o Hospital Albert Einstein é uma irresponsabilidade", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia; "Para o hospital e para a presidência. O dever do primeiro é proteger o paciente ao máximo. Assumir a presidência vai provocar um inevitável stress. O do segundo é operar com o máximo nível de segurança nas comunicações que só o Palácio do Planalto oferece", continua; "Ou ele é paciente ou é presidente. As duas funções ao mesmo tempo não é possível"

Ou é paciente ou é presidente
Ou é paciente ou é presidente (Foto: Ueslei Marcelino - Reuters)


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Por Alex Solnik, colunista do 247 e membro do Jornalistas pela Democracia

Ninguém que passou por uma cirurgia delicada de sete horas de reconstrução do trânsito intestinal tem condições de assumir um posto tão alto, complexo e que envolve tanta responsabilidade quanto a de um presidente da República em apenas 48 horas.

Jair Bolsonaro está tomando analgésicos, fazendo fisioterapia, exames, exercícios, hidratação endovenosa, o diabo a quatro. Não se alimenta normalmente. É um entra e sai sem parar de médicos e enfermeiros. Somente hoje "conseguiu" sentar na poltrona. Não tem condições de decidir coisa alguma, de tomar alguma iniciativa, de debater algum projeto. Não pode exercer a presidência em toda a plenitude.

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Isso de transferir o Palácio do Planalto para o Hospital Albert Einstein é uma irresponsabilidade. Para o hospital e para a presidência. O dever do primeiro é proteger o paciente ao máximo. Assumir a presidência vai provocar um inevitável stress. O do segundo é operar com o máximo nível de segurança nas comunicações que só o Palácio do Planalto oferece.

Além disso, o governo ficará parado nesses dias dez dias previstos para a convalescença. Ministro terá que disputar agenda com a enfermeira. Se alguma decisão tiver de ser tomada na hora da fisioterapia, vai ficar para o dia seguinte.

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Esse descalabro só tem uma explicação: Bolsonaro não confia um milímetro em seu vice e sempre que puder evitar que assuma, vai evitar. Nem que haja sérios riscos tanto para a sua saúde quanto para a saúde do país.

Mas nem sempre (ou quase nunca) o que é bom para Bolsonaro é bom para o Brasil.

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Ou ele é paciente ou é presidente. As duas funções ao mesmo tempo não é possível.

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