Ou a democracia barra Bolsonaro ou Bolsonaro barra a democracia
Segundo afirma o jornalista Alex Solnik, "a mensagem endossada ontem pelo presidente da República Jair Bolsonaro tem evidente teor terrorista. Ou seja, o objetivo é provocar clima de terror, insegurança, dúvida, medo na população"; "Ou a democracia barra Bolsonaro ou Bolsonaro barra a democracia", diz ele
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Por Alex Solnik, colunista do 247 e membro do Jornalistas pela Democracia - A mensagem endossada ontem pelo presidente da República Jair Bolsonaro tem evidente teor terrorista. Ou seja, o objetivo é provocar clima de terror, insegurança, dúvida, medo na população. Foi a maior ameaça à democracia que já fez e sua maior violação à constituição desde que assumiu.
Ameaças terroristas têm sido praxe na sua vida. Foi terrorismo sua ameaça de explodir os quartéis e o sistema de abastecimento de água do Rio de Janeiro se não obtivesse aumento nos soldos.
Deu outra demonstração de seu perfil terrorista quando declarou à Playboy que o então presidente Fernando Henrique Cardoso deveria ser fuzilado. Como também na oportunidade em que disse que a solução para o Brasil seria uma guerra civil, na qual "morressem uns 30 mil".
Comportou-se como terrorista enquanto deputado federal, atacando petistas, em especial a deputada Maria do Rosário. Mostrou sua face terrorista ao adotar como símbolo de campanha um revólver e ameaçar metralhar petistas.
O seu endosso à mensagem terrorista é a resposta à sua própria incapacidade de governar dentro do regime democrático, o qual afronta desde o primeiro dia da sua gestão e ao avanço das investigações sobre seu filho Flávio que podem resultar, se as denúncias forem comprovadas não só na sua cassação, mas na desmoralização de todo o clã Bolsonaro, que se gabava de ser mais íntegro que madre Teresa de Calcutá.
Não acredito que ele consiga apoio dos militares para fechar o Congresso e o STF, que são, ao que parece, seus objetivos principais. Talvez por essa razão conclame as ruas, o que aponta para uma tentativa de insuflar as massas para atacar as instituições na base do porrete.
O endosso à ideia de "ruptura" reforça a impressão de ter sido uma declaração de guerra às instituições, em especial ao Congresso, o que é inadmissível numa democracia.
Ou o Congresso reage à altura de suas responsabilidades e breca as intenções golpistas, com o apoio do STF ou a guerra será ganha por eles.
Ou a democracia barra Bolsonaro ou Bolsonaro barra a democracia.
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