Otimismo versus pessimismo na atual conjuntura nacional

Faço minhas as palavras atribuídas ao comediante estadunidense Groucho Marx: “Sou otimista! Vamos deixar o pessimismo para dias melhores"

Plenário da Câmara discute o novo arcabouço fiscal
Plenário da Câmara discute o novo arcabouço fiscal (Foto: Agência Câmara)


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A perplexidade de ampla maioria de brasileiros com as recentes revelações de provas da “farsa a jato” reflete o impressionante grau de analfabetismo (instrumental e político) que é basilar à manipulação psicossocial. Não é de surpreender a eficácia de regimes antidemocráticos ao ter como objetivo primordial banir (do seu território ou, mesmo, do planeta) aqueles indivíduos que, por sua sabedoria acumulada, compreendem e refutam as diversas formas de manipulação de visões de mundo (e consequente comportamento)1 que nos transmite cotidianamente o poder dominante, através dos asseclas daqueles regimes (mais vinculados à elite do capital que aos governos eleitos democraticamente). Também, àqueles bem (in)formados, não surpreende a eleição de tantos representantes medíocres no Congresso Nacional, a existência de membros venais no Judiciário nem o amplo e assustador apoio ao discurso e prática do medíocre mor que nos governou na última gestão do Executivo. Afinal, como afirmava jocosamente Winston Churchill: “A Democracia é o pior dos regimes, com exceção de todos os outros.”

 Roxana Kreimer, eminente filósofa argentina, resume magistralmente as motivações comportamentais descritas em livro por Amos Tverski e Daniel Kahneman 2, o que contribui para explicar as frágeis visões de mundo e os bárbaros comportamentos que ora constatamos em muitos indivíduos, principalmente no que se refere às questões (geo)políticas. Aos alfabetizados politicamente, é improvável não entender que estamos, desde a primeira década deste século, submetidos à chamada guerra híbrida (com suas fakenews, difamação de reputações, forte impulso às crenças religiosas fundamentalistas, infiltração de personagens maquiavélicos nos três poderes da República, incentivos às ações de grupos aguerridos e bem organizados da extrema direita, uso - à moda Goebbels - da mídia corporativa etc). Assim, fica claro que a guerra híbrida é um eficaz instrumento do império ocidental na tentativa de manter o status quo global enquanto ainda lhe resta algum poder hegemônico. Diante deste quadro, nos parece que a contraposição dialética, dos governos vitimados, pode ser resumida no esforço libertário consubstanciado nas seguintes ações (a curto, médio e longo prazos): i) melhoria nas condições de vida da esmagadora maioria da população, com ênfase para as políticas de saúde pública, educação libertária e incentivo às culturas regionais – que já faz parte do programa do atual governo brasileiro; ii) amplo uso de sistemas de comunicação públicos ou próprios do Governo (como a TV Brasil e a TV cultura), bem como incentivo fiscal e financeiro à mídia digital progressista (como a TV 247/TV Forum/TV GGN/TV ICL e outras que costumam mostrar opiniões/análises contraditórias sobre os mais diferentes temas nos seus programas ); iii) concepção e implementação de plataformas digitais exclusivamente nacionais (como já fazem alguns outros países) para fugir da dependência das Big Tech’s a serviço de interesses comerciais e políticos alienígenas; e iv) mobilizar, de forma coordenada, setores da sociedade civil, no sentido da justiça social com equidade de oportunidades, da livre expressão (submetida à legislação vigente), da distribuição de renda - via políticas fiscal e monetária, e da sustentabilidade do meio ambiente.

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 Para finalizar, aos pessimistas na atual conjuntura nacional, faço minhas as palavras atribuídas ao comediante estadunidense Groucho Marx: “Sou otimista! Vamos deixar o pessimismo para dias melhores".

  1 No livro “ Os Umbrais do Destino – um romance ensaio de Arisplaso Pensanto” (Kotter Editorial, 2022), de minha autoria, uso conceitos da Teoria de Sistemas e outros arcabouços teóricos para explicar os mecanismos de manipulação comportamental no homo sapiens sapiens.
 

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  2 Ver live de Roxana Kreimer, no Youtube, intitulada “Las Distorciones Cognitivas” onde ela aborda, dentre outros, o livro de Tverski e Kahneman (ambos laureados com o prêmio Nobel): “Judgement under uncertainty: Heuristics and Biases”, de 1972.

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