Os maiores fluxos financeiros ilícitos passam pelos EUA e Reino Unido

"Os maiores fluxos financeiros vinculados a diversos tipos ilícitos, como lavagem de dinheiro, esquemas tipo Panamá Papers da Mossak Fonseca, pirâmide mundial do Mercado de Capitais, financiamento a golpes políticos, etc. passam pelos bancos", diz o colunista Roberto Moraes, que cita bancos como o JPMorgan (EUA), HSBC (Inglaterra) e Deutsche Bank (Alemanha)

(Foto: Reuters)


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Há quem fale em combater a corrupção e queira tratar apenas dos ilícitos que escolhe, na maioria dos casos guiados pelo discurso moralista e político, sem querer identificar a enorme teia financeira de negócios escusos que envolvem colossais fluxos de dinheiro entre os grandes bancos, as gestoras de fundos financeiros e as grandes corporações globais. 

Interessante ainda imaginar que algumas cabeças colonizadas ainda insistem em afirmar que a grande corrupção é um problema da periferia do capitalismo. Os fatos narrados servem para reforçar o equívoco da interpretação de que os problemas de corrupção são exclusivos do campo da política. Longe disso. Para saber alguns detalhes vale ler a matéria [aqui] da revista Piauí que é fruto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. 

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A reportagem diz que "documentos secretos do governo americano mostram como cinco bancos multinacionais ignoraram alertas e movimentaram dois trilhões de dólares de clientes investigados por crimes de todo tipo durante anos".

Os maiores fluxos financeiros vinculados a diversos tipos ilícitos, como lavagem de dinheiro, esquemas tipo Panamá Papers da Mossak Fonseca, pirâmide mundial do Mercado de Capitais, financiamento a golpes políticos, etc. passam pelos bancos. Como é o caso dos bancos americanos JPMorgan, o maior deles e o Bank of New York Mellon, os ingleses HSBC (o maior banco da Europa) e o Standard Chartered e ainda o alemão Deutsche Bank entre outros.

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As investigações indicam que pelo banco americano JPMorgan passaram “mais de 2 milhões de dólares destinados à empresa de um jovem magnata acusado de enganar o governo venezuelano e ajudar a causar apagões elétricos em grandes áreas da Venezuela”. 

A reportagem fala de um volume de R$ 2 trilhões nesse tipo de movimentação de dinheiro ilícito, só na última década. O dinheiro lavado que é movimentado entre contas de empresas de fachada registradas em paraísos fiscais. Fluxos financeiros que circulam pelo Panamá, nas Ilhas Virgens Britânicas, Barbados e Luxemburgo.

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É certo que o sistema informacional, as plataformas digitais dos esquemas entre fundos financeiros globais trazem facilidades para essa atuação transfronteiriça que possui pouquíssima regulação e controle dos Estados-nações, permitindo essa movimentação trilionária. E assim, o capitalismo tem se alimentado destes fluxos financeiros.

A matéria da Piauí [aqui] informa que segundo estimativas do “Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime 2,4 trilhões de dólares em fundos ilícitos são lavados a cada ano – o equivalente a quase 2,7% de todos os bens e serviços produzidos anualmente no mundo”.

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Vale conferir. Mas também aprofundar e reinterpretar o que fica subliminar no texto.

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