Os Frias, da ditabranda à democradura

"Os Frias nunca tiveram uma boa relação com a democracia. Em 1964, no momento mais importante da história do Brasil até aquele momento, participaram da preparação e apoiaram o golpe militar que liquidou tudo o que havia de democracia no pais", lembra o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, ao comentar a história dos donos da Folha de S. Paulo; "Da mesma forma que tentaram passar a ideia de uma "ditabranda", tentam passar a ideia de que não houve golpe e que existe democracia no Brasil, por meio de uma espécie de "democradura", uma ditadura disfarçada de democracia", diz Emir; "Empresa dos Frias chegou a seu final, depois de longo processo de decadência, enquanto Lula o PT sobrevivem a tudo isso, na luta pela democracia, contra a qual a empresa dos Frias dilapidou tudo o que tinha"

"Os Frias nunca tiveram uma boa relação com a democracia. Em 1964, no momento mais importante da história do Brasil até aquele momento, participaram da preparação e apoiaram o golpe militar que liquidou tudo o que havia de democracia no pais", lembra o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, ao comentar a história dos donos da Folha de S. Paulo; "Da mesma forma que tentaram passar a ideia de uma "ditabranda", tentam passar a ideia de que não houve golpe e que existe democracia no Brasil, por meio de uma espécie de "democradura", uma ditadura disfarçada de democracia", diz Emir; "Empresa dos Frias chegou a seu final, depois de longo processo de decadência, enquanto Lula o PT sobrevivem a tudo isso, na luta pela democracia, contra a qual a empresa dos Frias dilapidou tudo o que tinha"
"Os Frias nunca tiveram uma boa relação com a democracia. Em 1964, no momento mais importante da história do Brasil até aquele momento, participaram da preparação e apoiaram o golpe militar que liquidou tudo o que havia de democracia no pais", lembra o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, ao comentar a história dos donos da Folha de S. Paulo; "Da mesma forma que tentaram passar a ideia de uma "ditabranda", tentam passar a ideia de que não houve golpe e que existe democracia no Brasil, por meio de uma espécie de "democradura", uma ditadura disfarçada de democracia", diz Emir; "Empresa dos Frias chegou a seu final, depois de longo processo de decadência, enquanto Lula o PT sobrevivem a tudo isso, na luta pela democracia, contra a qual a empresa dos Frias dilapidou tudo o que tinha" (Foto: Emir Sader)


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Os Frias nunca tiveram uma boa relação com a democracia. Em 1964, no momento mais importante da história do Brasil até aquele momento, participaram da preparação e apoiaram o golpe militar que liquidou tudo o que havia de democracia no pais.

Instalada a ditadura e destruída a democracia, a empresa dos Frias protagonizou um dos mais escandalosos crimes de conivência da mídia privada com o terrorismo de Estado, ao emprestar carros com o nome da empresa para que as ações de perseguição dos que lutavam contra a ditadura estivesse disfarçada e pudesse agir com maior impunidade, prendendo e levando à tortura e à morte a militantes da democracia.

Crime que deveria ter sido apurado e gerado processo de violação dos direitos humanos, mas que foi banido pela anistia que os militares impuseram, para se livrar de todos os crimes cometidos.

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No fim da ditadura, para limpar a imagem da empresa, ela passou a pregar a transição democrática e a campanha pelas diretas. Foi o momento de prestigio da empresas, que durou pouco, porque em seguida ela se jogou com tudo no governo neoliberal de FHC.

A empresa criou um suplemento chamado A era FHC, acreditando que o pais seria outro, muito melhor, com o seu candidato preferido. Um suplemento que foi desaparecendo aos poucos, sem nunca confessar que era uma era de continuidade com a de Collor e que não mudaria nada no Brasil.

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Nas bastasse o fracasso do seu candidato preferido e as derrotas do seu colunista, José Serra, veio o triunfo de Lula. Aquele que o editor da Folha acreditava que não poderia ser presidente do Brasil se não soubesse falar inglês e recebeu a resposta devida do Lula, nas palavras e no governo de maior sucesso da história do país.

Com Lula a empresa se enxovalhou definitivamente, porque não poderia aceitar o sucesso de um governo dirigido por um dirigente sindical, do PT, imigrante nordestino. A elite paulista se sentia derrotada e desmoralizada e teve na empresa seu órgão de resistência ao maior processo de democratização social que o Brasil havia vivido.

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Tentaram desmoralizar o Lula, apoiaram acusações sem fundamento, publicaram mentiras sobre o Lula, a Dilma e o PT, mas foram sempre derrotados democraticamente pelo povo brasileiro nas urnas.

Incomodados com a marca do seu passado inglório na ditadura, tentaram reescrever a história do país, passando a versão de que não teria havido uma ditadura, mas uma "ditabranda". Foram vilipendiados de todos os lados e acabaram voltando atrás, confessando que a operação de limpeza da ditadura e da própria empresa tinha falhado.

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Derrotada quatro vezes para o PT, a empresa dos Frias se jogou com tudo no golpe contra a Dilma, coerente com seu apoio ao golpe militar de 1964. Com raras exceções, seus colunistas obedeceram às ordens da empresa e aderiram ativamente a golpe contra a democracia.

Da mesma forma que tentaram passar a ideia de uma "ditabranda", tentam passar a ideia de que não houve golpe e que existe democracia no Brasil, por meio de uma espécie de "democradura", uma ditadura disfarçada de democracia.

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Tiveram que passar a vergonha de que todos os grandes órgãos de prestigio da mídia internacional, entre eles o New York Times, o Le Monde, o The Guardian, entre tantos outros, desmentiram frontalmente as versões dadas pela mídia nacional, incluída a empresa dos Frias, sobre o que acontecia no Brasil. O Le Monde chegou a fazer um editorial com autocritica por ter confiado nas versões da imprensa brasileira sobre o golpe.

Reduzido à mínima expressão de tiragem, tendendo a desaparecer na sua edição impressa e se reduzir à versão virtual, com perda total do prestigio que chegou a ter, a empresa dos Frias chegou a seu final, depois de longo processo de decadência, enquanto Lula e o PT sobrevivem a tudo isso, na luta pela democracia, contra a qual a empresa dos Frias dilapidou tudo o que tinha.

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