Os dois generais de Lula
Para o colunista do 247 Alex Solnik, Lula colocou o ex-prefeito Fernando Haddad e a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann para realizar com duas missões fundamentais: "conversar com governadores do Nordeste e outras lideranças porque percebeu que não pode ficar fora das negociações de alianças" e "liderar a guerra política, brigando com adversários e com os meios de comunicação e manter a militância aquecida"; Haddad, o pragmático e Gleisi, a passionária tentarão, por caminhos diferentes mostrar aos possíveis futuros aliados que sendo ou não candidato nem Lula nem o PT vão desistir de eleger o próximo presidente da República", avalia
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Lula despachou Haddad para conversar com governadores do Nordeste e outras lideranças porque percebeu que não pode ficar fora das negociações de alianças. Se demorar muito tempo, já era, ninguém vai esperar por ele. PSB, PDT, PCdoB estão em ritmo frenético de conversações e possíveis composições.
Tal como Napoleão, Lula parece ter dividido tarefas entre seus dois principais generais. Enquanto ele permanece em seu QG, Gleisi fica encarregada de liderar a guerra política, brigando com adversários e com os meios de comunicação e manter a militância aquecida, enquanto Haddad atua nos bastidores para fechar acordos. Haddad é, portanto, o porta-voz de Lula para assuntos de campanha.
Haddad vai de cara ao Nordeste. O PSB, que ficou à deriva sem Joaquim Barbosa, é um cavalo sem montaria, do qual Ciro está louco para ser o cavaleiro. Já ofereceu espaço para candidatos a governador do futuro aliado. Haddad vai entrar nessa bola dividida a fim de afastar o oponente, primeiro, e depois tentar domar o partido em nome de Lula, sem perder a ternura jamais, porque tem ótimo canal com Ciro.
Haddad também deverá acalmar o governador Flávio Dino, ainda preocupado com a possibilidade de Lula apoiar Roseana Sarney e não ele no Maranhão.
Haverá amplo espaço na agenda para Rui Costa, o governador baiano, outro que reivindica abertura de amplas conversas para discutir o futuro do PT, com e sem Lula na urna.
Renan Calheiros será visitado em Alagoas e Eunício Oliveira no Ceará, mais em nome de Lula que do PT, porque Lula precisa deles e eles precisam de Lula.
Haddad, o pragmático e Gleisi, a passionária tentarão, por caminhos diferentes mostrar aos possíveis futuros aliados que sendo ou não candidato nem Lula nem o PT vão desistir de eleger o próximo presidente da República.
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