Os desafios de Dilma e Renan que não se transformam
O que une Dilma Rousseff e Renan Filho – a primeira eleita no 2º turno por uma margem de votos apertada e o segundo vitorioso ao governo de Alagoas ainda no 1º turno – é a complicada relação que terão com o Legislativo
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O que une Dilma Rousseff e Renan Filho – a primeira eleita no 2º turno por uma margem de votos apertada e o segundo vitorioso ao governo de Alagoas ainda no 1º turno – é a complicada relação que terão com o Legislativo.
É que o famoso toma lá dá cá na relação com partidos, e de forma individualizada com os políticos, não será alterado porque não há como governar sem que seja feita uma coalizão com o Congresso, no âmbito federal, e com as Assembleias nos estados.
O governador eleito Renan anuncia que pretende reduzir despesas e não nomear todos os cargos comissionados. Se assim fizer será por um curto espaço de tempo. Tem sido rotina não só os deputados estaduais indicarem um determinado número de comissionados no Executivo, comandar órgãos e ainda receberem polpudos aumentos no duodécimo.
Mesma situação da presidenta Dilma. O sistema brasileiro obriga a esse, digamos, entendimento político, caso contrário, os projetos de interesse do governo não são votados por falta de quórum, ou até derrubados no voto.
No entorno do poder o significado dessa relação é captar recursos e agradar aliados com cargos. Afinal de contas, a cada dois anos temos eleições. Nessa relação também estão incluídas empresas que prestam serviço e obras ao governo. São elas que financiam as campanhas.
Resumidamente, o poder é fatiado pela elite política e econômica. E não há chance de que essa relação venha a ser alterada. Mudanças deverão ocorrer por conta da crise causada pelas denúncias de corrupção na Petrobrás, propinas e financiamento de campanha por parte das construtoras.
Mas logo tudo irá se adequar a nova realidade e a necessidade de sobrevivência da classe política.
Tudo é governabilidade, em Alagoas e em Brasília.
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