Os canhões da democracia
Não tenhamos nenhuma dúvida: o sucessor de Bolsonaro é o atual governador Zema
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Não tenhamos nenhuma dúvida: o sucessor de Bolsonaro é o atual governador Zema. Quando em 2016 afirmei com a mesma convicção que Bolsonaro seria o candidato da direita, enquanto o PT se preocupava com a forte aliança formada pela candidatura Alckmin, usei um seguinte argumento lógico, como se segue:
Na busca de valores, sempre buscamos aquilo que é o mais valoroso. Caso estejamos falando na busca de riqueza, entre uma mesma quantidade de bronze, prata e ouro, escolheremos sempre o ouro.
O contrário é igualmente válido: caso se almeja o mais pútrido personagem da política, aquele que vai retomar as bases de Bolsonarismo - que nada mais é do que todo espírito nefasto de preconceitos, da mentalidade das senzalas e do cristo-fascismo que se espalha pelo país - então esse personagem não é Tarcisio, não é Ratinho Júnior e nem mesmo familiares de Bolsonaro. O pior de todos é Zema.
Zema não tem escrúpulos, é um fascista, um oportunista, com todos os compromissos com a velhacaria colonial encrustados em sua alma. Pior: é mais inteligente, eloquente e dissimulado que Bolsonaro.
Assim sendo, todos os setores progressistas precisam virar os canhões da democracia contra esse personagem desde já. O governo federal deve impor a absoluta e clara distinção de suas obras e projetos em Minas Gerais, em relação ao que o próprio Estado realiza.
Lula não tem o direito de brincar de “republicanismo” contra alguém que ocupará, com maior periculosidade que Bolsonaro, o papel de agente disposto a destruir a democracia e a própria República.
Bombardear de forma impiedosa o inimigo do Brasil e de nossa soberania é o nosso dever. Caso o PT não acredite nisso, prova-se o pouco valor didático desse processo aos seus dirigentes. Lula sofreu na cadeia e Dilma sofreu com um golpe ultrajante. Mas quem sofreu mais, não nos esqueçamos nunca, foram - em primeiro lugar - os 30 milhões que voltaram a passar fome devido a erros políticos desse mesmo partido e políticos.
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