Os aulacógenos do amor

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A Bacia geológica do Paraná abriga um dos maiores reservatórios de águas subterrâneas do planeta Terra, o Aquífero Guarani.

Esse importante aquífero, que estende por quatro países e oito estados brasileiros, é constituído, basicamente, por um espesso pacote de sedimentos que se desenvolveu a partir de um arcabouço estrutural governado pelos aulacógenos.

Os aulacógenos são fraturas profundas, com uma grande persistência no tempo geológico, que se desenvolveu “lentamente” na crosta terrestre provocando o afundamento de blocos, como se fossem fossas, possibilitando o acúmulo de grandes espessuras de sedimentos. Alguns desses aulacógenos são refletidos na cobertura sedimentar, posterior a sua acumulação, como grandes lineamentos estruturais, que podem condicionar descargas naturais das águas subterrâneas do reservatório como, por exemplo, as saídas de água ao longo de zonas dos rios Paraná (SP), Tietê (SP) e Pelotas (RS). 

De maneira bem simplificada, num esforço de tentar explicar esse tema complexo, pode-se dizer que esse megareservatório de águas subterrâneas é “um grande caixão, inclinado, cheio de areias e de argilas” e ao longo de pelo menos três décadas passadas, para o entendimento de suas áreas de recarga, suas áreas de descarga e, principalmente, das regiões superexplotadas pelos poços profundos e suas interferências nos volumes armazenados, foi investigado e modelado por vários pesquisadores da área de hidrogeologia. Nesse contexto, ressalta-se que o território do município de Ribeirão Preto (SP) está inserido numa região com alta densidade de poços que extraem água do Aquífero Guarani, que abastece totalmente a sua população com cerca de 600 mil habitantes. 

Como a natureza geológica, ao longo dos milhares de anos, pode nos proporcionar a gênese do Aquífero Guarani, “lentamente” sendo formado sobre a governança dos aulacógenos, seria que não poderíamos fazer uma analogia e termos uma ilusão de poder contar, no campo político, com os “aulacógenos do amor” ou com os “aulacógenos da esperança”, para que provoquem uma subsidência ou um afundamento lento desse governo federal fratricida, uma vez que um abalo sísmico, que gere uma ruptura, via um impeachment do governo pelo Congresso Nacional ou via uma cassação da chapa presidencial pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), parece uma situação mais remota?

Lembremos que esse governo militar não somente favorece e estimula o armamento de seus fanáticos vassalos, para saírem matando qualquer pessoa, como, também, para  nos matar de forma mais “sutil” porque, deliberadamente, pregam o não uso de máscara protetiva e a não obrigatoriedade da aplicação da vacina contra o coronavírus. Em outras palavras, parecem que deixam claro que desejam exterminar quem não é da mesma “turma”.

Pelo exposto, no curto prazo, o que pode gerar uma subsidência ou um afundamento lento desse governo negacionista são as eleições para prefeitos e vereadores em 2020, que se aproximam, na qual poderão ser eleitos candidatos do campo progressista e democrático, que se opõem a essa política da maldade estabelecida pela suspeita eleição presidencial de 2018. 

Em tempo. O governo Trump está em processo de subsidência, afundamento e soterramento lento, por causa dos seus malfeitos para a maioria do povo americano, durante esses quatro anos de governo. Por que não sonhar aqui, no país da jabuticaba, com esse mesmo processo acontecendo junto ao governo do seu pau-mandado de plantão no Alvorada?    

 “O impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como ele está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo, melhorá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário. O impossível não existe.” (Muhammad Ali).

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