Oposição mentiu para o TSE
Lista da Odebrecht nos faz concluir que, ao contrário do que Moro, a oposição e a mídia querem provar, o maior peso da corrupção não se encontra dentro do PT, mas sim naqueles que hoje tramam o golpe via impeachment de Dilma e a tentativa de prisão de Lula
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A máscara da oposição caiu. Os números nus e crus demonstram que mentiram descaradamente para o TSE.
Qual é a conclusão se compararmos minimamente a lista de doações da Odebrecht, liberada recentemente por Moro como parte das investigações da Operação Lava Jato, e a lista de doações legais registradas pelos partidos no TSE, em 2010?
Uma só: que, ao contrário do que Moro, a oposição e a mídia querem provar, o maior peso da corrupção não se encontra dentro do PT mas sim naqueles que hoje tramam o golpe via impeachment de Dilma e a tentativa de prisão de Lula.
Senão vejamos:
O PMDB declarou ao TSE, em 2010, que recebeu R$400 mil, enquanto a lista da Odebrecht aponta que deu ao partido naquele ano R$ 6,3 milhões, ou seja, R$5,9 milhões a mais.
Conclusão: O PMDB de Cunha, Temer e sua turma usou ilegalmente na campanha no mínimo R$ 5,9 milhões, da Odebrech, não se sabe se mais ainda de outras fontes.
O PSDB declarou no TSE, em 2010, que recebeu R$2,7 milhões, enquanto a lista da Odebrecht aponta que o partido recebeu R$ 4,7 milhões, ou seja, R$2,06 milhões a mais.
Conclusão: O PSDB de Aécio, Serra, FHC, Alkmin e sua turma usou ilegalmente na campanha no mínimo R$ 2,06 milhões, da Odebrecht, não se sabe se mais ainda de outras fontes.
Já o PT - este partido que a grande mídia qualifica como o inventor da corrupção - declarou ao TSE, em 2010, ter recebido R$2,6 milhões, enquanto a lista da Odebrecht indica à agremiação um repasse de R$2,2 milhões, ou seja, R$ 336 mil a menos.
Considerando os mesmos critérios de comparação, qual agremiação demonstrou desonestidade? Quem mentiu? Quem está escondendo algo? Está claro que o PT não foi.
Portanto, se os parlamentares de oposição não quiserem entrar para a história como golpistas terão que desistir de aprovar o impeachment de Dilma porque tudo indica, mais uma vez que o ministro Augusto Nardes, do TCU, responsável pelo famoso parecer das "pedaladas fiscais", no qual se ancora o impeachment, não é uma pessoa confiável.
Reportagem da Folha de São Paulo desta sexta-feira, 25/03, traz trechos da delação premiada que vem sendo negociada pelo ex-deputado Pedro Corrêa, político com mais de 40 anos de vida parlamentar. Ou seja, já viu muita água passar debaixo da ponte.
Ele afirmou na delação que Nardes, que também foi deputado pelo PP, recebia mesada de José Janene, ex-deputado do PP.
A oposição tem que rever também sua defesa e a blindagem que faz em relação a Aécio Neves e a FHC. A delação de Corrêa é mais uma bomba que se soma as demais já conhecidas contra Aécio.
Corrêa apresentou uma lista de operadores e nela incluiu o nome de Andrea Neves, irmã de Aécio, e uma de suas principais assessoras, como a responsável por conduzir movimentações financeiras ligadas a ele.
Sobre Fernando Henrique Cardoso Corrêa afirmou o que todos já sabíamos: que comprou a emenda da reeleição, com o apoio de pesos-pesados do PIB nacional, como o banqueiro Olavo Setúbal, ex-dono do Itaú.
A matéria da Folha aspeia trechos de um anexo da delação de Corrêa. Diz que "Olavo Setubal dava bilhetes a parlamentares que acabavam de votar, para que se encaminhassem a um doleiro em Brasília e recebessem propinas em dólares americanos".
Portanto, já foram dados os nomes aos bois. Resta se perguntar porque uma vez vista a amplitude partidária dos políticos beneficiados Moro colocou o material sob sigilo e os procuradores praticamente descartaram a delação da Odebrecht?
Por que agora que aparecem massivamente nomes de oposição não interessa mais que os brasileiros saibam quem são e quanto receberam?
Só nos resta lotarmos as ruas deste país para exigir o fim da hipocrisia e dos vazamentos seletivos de interesse da oposição e o julgamento dos defensores do golpe, sob as penas das leis e de acordo com a Constituição brasileira.
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