Oposição boicota CPI e perde a chance de cobrar Gabrielli

Os oposicionistas insistem numa CPI mista cujo funcionamento é incerto e a viabilidade, precária - uma vez que, na melhor das hipóteses, funcionará a partir da última semana de maio



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O depoimento de Sérgio Gabrielli aos senadores da CPI da Petrobrás nesta terça soou como desabafo e não teve contraditório. Foi ele quem comandou, em 2006, como presidente da empresa, a polêmica compra da refinaria de Pasadena, que causou prejuízo bilionário à Petrobrás.

Gabrielli defendeu o negócio com vigor e irritação típicos de quem vem ouvindo críticas há dois meses. Chegou a dizer até mesmo que Pasadena "estava barata":  "[A refinaria] estava conectada com o planejamento estratégico e estava barata porque foram comprados os primeiros 50% equivalente a menos da metade do preço médio das refinarias por barris de destilação" - explicou.

"Barata para ele e cara para Brasil!" - rebateu mais tarde o senador Agripino Maia, líder do DEM no Senado. Mas a reação veio muito depois de encerrado o depoimento de Gabrielli. A oposição, que não compareceu à audiência e insiste em boicotar a CPI que ela mesma propôs, sob o pretexto de que se trata de uma comissão controlada pelo governo, cometeu um erro de cálculo, desta vez.

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Conhecido pelo temperamento explosivo e pela verve baiana, Gabrielli, acuado desde o início da crise, era um dos poucos personagens suscetíveis deste caso, a quem valeria a pena a oposição inquerir. Depois dele, virão Nestor Cerveró e Graça Foster, que já compareceram ao Congresso e apresentaram suas versões, das quais não se espera grande novidade.

Os oposicionistas insistem numa CPI mista cujo funcionamento é incerto e a viabilidade, precária - uma vez que, na melhor das hipóteses, funcionará a partir da última semana de maio. Será atropelada pelo calendário da Copa do Mundo e, sem seguida, pelas eleições. Ainda mais agora que a Operação Lava a Jato, de onde jorravam as informações que potencialmente poderiam turbinar a CPI, acaba de receber um freio diretamente do Supremo Tribunal Federal.

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