Operação Carne Fraca foi o segundo avião nas Torres Gêmeas

O primeiro avião que se chocou com as Torres Gêmeas (EUA), em 2001, foi visto como um acidente. Após o segundo avião se chocar, a perplexidade se transformou em medo, porque ficou entendido que não era um acidente, e sim um ataque. A atual ofensiva contra a indústria nacional de carne é o segundo avião nas Torres Gêmeas. Não é trapalhada. Não é acidente. É um ataque!  

O primeiro avião que se chocou com as Torres Gêmeas (EUA), em 2001, foi visto como um acidente. Após o segundo avião se chocar, a perplexidade se transformou em medo, porque ficou entendido que não era um acidente, e sim um ataque. A atual ofensiva contra a indústria nacional de carne é o segundo avião nas Torres Gêmeas. Não é trapalhada. Não é acidente. É um ataque!
 
O primeiro avião que se chocou com as Torres Gêmeas (EUA), em 2001, foi visto como um acidente. Após o segundo avião se chocar, a perplexidade se transformou em medo, porque ficou entendido que não era um acidente, e sim um ataque. A atual ofensiva contra a indústria nacional de carne é o segundo avião nas Torres Gêmeas. Não é trapalhada. Não é acidente. É um ataque!   (Foto: Miguel do Rosário)


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Hoje (25/03) eu acordei com uma metáfora na cabeça.

Lembrei do segundo avião a se chocar com as Torres Gêmeas, no atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York.

O primeiro avião, apesar da constituir uma tragédia de proporções ciclópicas, foi entendido como um acidente.

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As pessoas olhavam para a televisão em estado de choque, tristes e perplexas.

O segundo avião, porém, mudou completamente a percepção mundial.

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A perplexidade se transformou em medo.

Porque o segundo avião mostrou que havia ali uma intenção.

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Não era um acidente, e sim um ataque!

A indústria nacional de carne não pode ser vista apenas como uma atividade que movimenta mais de R$ 400 bilhões, mas sobretudo um fator de protagonismo brasileiro no mundo.

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A imprensa comercial está tratando o caso como uma “trapalhada” da Polícia Federal.

As revistonas falam em “politicagem” da PF.

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O jornalismo brasileiro é muito estranho. Os barões da mídia querem impor à opinião pública a fantasia que o imperialismo não existe.

Que é uma invenção esquerdista.

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Imperialismo não é uma invenção esquerdista. É um fato histórico.

Pretender impor a noção de que o imperialismo não existe é queimar novamente a biblioteca de Alexandria, e jogar no lixo toneladas de livros de história e economia que já trataram do tema, ao longo dos últimos cinquenta anos.

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Os EUA patrocinam golpes, ditaduras, espionam presidentes de outros países. Sempre fizeram isso, e continuam fazendo.

A narrativa sobre a corrupção é uma cortina de fumaça para ocultar, tanto da classe trabalhadora, como da classe média e da própria grande burguesia nacional, o que verdadeiramente está em jogo: o imperialismo está atacando o Brasil.

A atual ofensiva – dos mesmos setores que destruíram, com a Lava Jato, a engenharia nacional, e oriundos do mesmo núcleo em Curitiba – contra a indústria nacional de carne, é o segundo avião nas Torres Gêmeas.

Não é “trapalhada”. Não é acidente.

É um ataque!

Os setores de esquerda que vêem a questão da carne com uma visão puramente moralista (embora fantasiada de ideologia), de que seria “bem feito” para uma indústria que explora trabalhadores e agride o meio ambiente, não entenderam nada.

A Polícia Federal não atacou a indústria da carne por suas agressões a indígenas, a trabalhadores, ao meio ambiente.

A PF conduziu uma investigação por dois anos não apenas sem fazer praticamente nenhuma perícia nas carnes, como também não entrevistou nenhum indígena, nenhum sindicato, nenhum trabalhador, nenhum especialista em meio ambiente.

Não foi por isso.

O Brasil tem um problema fundiário extremamente grave. Após o golpe, intensificaram-se os assassinatos de índios e a violência no campo, de forma geral.

A Polícia Federal está investigando e combatendo esses crimes? Não. Ela prefere convocar uma coletiva da grande imprensa nacional para divulgar que a carne brasileira é podre e tem papelão.

Se a esquerda quiser humanizar a indústria nacional de carne, precisa entender que isso deve ser feito com instrumentos democráticos: aprimorando a regulamentação, discutindo-se novas leis, intensificando a fiscalização.

Não é destruindo as empresas que isso vai acontecer.

Humanizar a indústria de carne através de uma campanha de difamação do produto no mundo não é uma boa estratégia porque, evidentemente, os principais prejudicados serão os milhões de trabalhadores que perderão seu emprego.

Milhões de empregos serão transferidos para países ricos exportadores de carne, países que, ao contrário do Brasil, detêm um rígido controle sobre suas estruturas de polícia, de justiça, de mídia…

A mídia brasileira, mais uma vez, está mentindo, porque ela está a serviço do imperialismo, embora seus jornalistas, possivelmente até mesmo seus editores, não tenham sequer consciência disso.

Os grandes meios de comunicação agora estão tentando passar a imagem de que são amigos da “indústria nacional da carne”, que estão indignados com os erros da PF. Com isso, estão mais uma vez enganando a burguesia nacional, que talvez seja a mais medíocre do mundo.

A mídia brasileira é o que sempre foi: representante de uma elite “compradora”, ou seja, de uma classe aliada ao imperialismo.

Os grandes frigoríficos americanos e europeus já tomaram, em questão de dias, o market share conquistado pelo Brasil, com muito trabalho, com muita certificação internacional, ao longo de 20 anos.

Tudo isso com ajuda da Polícia Federal, do Judiciário e, não se esqueçam, da mídia brasileira!

O único trunfo da indústria nacional de carne é a inteligência da elite política chinesa.

A China é uma força anti-imperialista e já começou a entender que isso é um jogo para debilitar o espaço de seu parceiro de Brics, o Brasil, no cenário geopolítico. Entendido o jogo, ela começa a voltar a comprar a carne brasileira, embora o Brasil, agora, tenha menos espaço para negociar preços melhores para o produto.

A opinião pública brasileira precisa acordar.

O segundo avião já bateu nas Torres Gêmeas.

É hora de alguém chegar ao ouvido do povo brasileiro e dizer o que um assessor do presidente Bush disse naquela manhã do dia 11 de setembro de 2011, enquanto Bush conversava com criancinhas numa escola pública.

– Presidente, estamos sob ataque!

***

A propósito, eu sugiro aos internautas que assistam à análise de Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, que faz uma leitura infinitamente mais lúcida e objetiva do que a de qualquer outro dirigente partidário e sindical. É uma análise que eu sugiro inclusive aos empresários.

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