ONU e pobres vão “melar” violência contra Lula
Se Lula for preso agora, seu caso irá "pular" na frente de outros. E, a julgar pelo que diz Geoffrey Robertson, advogado experimentado em processos na ONU, dificilmente a Organização mais importante do planeta deixará de abrir processo contra o Brasil por perseguição ao ex-presidente
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O Judiciário está numa sinuca diante da pressão para consumar a farsa judicial do século prendendo Lula e as consequências que podem advir de tal insensatez. Parte do Judiciário quer encarcerar o ex-presidente o quanto antes, mas outra parte teme que dois fatos diametralmente diferentes criem comoção no exato momento em que o país estiver indo às urnas escolher seu novo presidente.
O primeiro desses fatos decorre do anúncio de que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas irá julgar, no segundo semestre, a denúncia da defesa do ex-presidente Lula contra o Estado brasileiro – ou seja, contra o Judiciário e o Ministério.
O caso de Lula na ONU está causando muita preocupação ao Judiciário brasileiro porque está sendo conduzido pelo advogado britânico e conselheiro da rainha da Inglaterra Geoffrey Ronald Robertson, uma personalidade respeitadíssima no mundo inteiro por sua cruzada em favor dos direitos humanos.
No dia 29 de janeiro, Robertson, dizendo-se “escandalizado”, denunciou o julgamento de Lula no TRF4 à Organização das Nações Unidas. Ele apresentou “mais provas” à ONU descrevendo as violações cometidas contra os direitos humanos de Lula e afirma que “Não haverá justiça para Lula na Justiça brasileira”.
Esse é o xis da questão, porque a ONU recebe e trata casos em que não há mais possibilidade de recursos a um sistema judicial serem julgados de forma isenta e legal. Robertson sustenta que não adianta Lula recorrer ao sistema judicial brasileiro porque a sanha condenatória nesse sistema está consolidada e é imutável.
Para o Brasil, seria um desastre de proporções inimagináveis que, em pleno processo eleitoral, a ONU abra uma investigação sobre o Brasil por perseguir Lula por razões políticas alegando crime de corrupção. E isso pode acontecer. O efeito dessa notícia será imprevisível.
Para entender a razão pela qual a mídia e a parcela partidarizada e politizada do Judiciário estão preocupadas, há que entender que a ONU prioriza o julgamento de casos de violação de direitos humanos em que a vítima esteja presa.
Ou seja: se Lula for preso agora, seu caso irá “pular” na frente de outros. E, a julgar pelo que diz Robertson, advogado experimentado em processos na ONU, dificilmente a Organização mais importante do planeta deixará de abrir processo contra o Brasil por perseguição ao ex-presidente.
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