Onda Lula vira tsunami antifascista e pró-democracia

"A repulsa do povo aos desatinos do Bolsonaro, ao terrorismo bolsonarista e ao desastre do governo militar impulsionam a onda Lula", escreve Jeferson Miola

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


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Por Jeferson Miola, para o 247

A onda Lula engatou uma espiral ascendente; um tsunami antifascista e pró-democracia está em formação. 

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Parece consolidado na imensa maioria da sociedade brasileira o sentimento de que em 2 de outubro o país está confrontado a escolher entre a democracia ou o fascismo. 

De modo geral, as pessoas percebem que não se trata de uma simples eleição, mas da sobrevivência da democracia para podermos começar a urgente reconstrução do país. 

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A repulsa do povo aos desatinos do Bolsonaro, ao terrorismo bolsonarista e ao desastre do governo militar impulsionam a onda Lula. 

O cansaço com os desatinos bolsonaristas é incontível, e se reflete na rejeição do Bolsonaro, superior a 50%. O voto útil, neste sentido, ganha forte empuxe, pois representa o alívio imediato que pode pôr fim ao pesadelo. 

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Respaldado pelos altos índices de intenções de votos que podem elegê-lo já no primeiro turno, Lula tem buscado e conquistado significativos apoios na cruzada antifascista e em defesa da democracia. 

Nesses densos e intensos dias finais de campanha, Lula conseguiu adesões de brizolistas, trabalhistas e pedetistas; de emedebistas, peessedebistas e políticos de outros partidos; de economistas liberais e juristas. 

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Nem mesmo ministros bolsonaristas e políticos fisiológicos da base do governo militar ficaram imunes aos efeitos da onda Lula. Com a perspectiva de vitória imediata de Lula, sinalizam com pedidos de “armistício”. 

O setor artístico e cultural brasileiro aderiu em peso à conclamação pela eleição de Lula já no primeiro turno, assim como famosos influenciadores das redes sociais. Integrantes poderosos e influentes do PIB também se renderam à onda Lula e abandonaram Bolsonaro. 

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As declarações de voto em Lula de mais dois ex-ministros do STF evidenciam o valor crucial da eleição do Lula para deter o fascismo e salvar o debilitado Estado de Direito. 

Joaquim Barbosa considera Bolsonaro “um ser humano abjeto, desprezível”, que “não tem dignidade para ocupar” a presidência da República. Para ele, “é preciso votar já em Lula no primeiro turno para encerrar essa eleição no próximo domingo”. 

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O ex-ministro Celso de Mello escreveu, por sua vez, que Bolsonaro representa “a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política”. 

Mello destaca que Bolsonaro é “adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República”. Por isso, ele declarou voto em Lula. 

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Faltando cinco dias para a eleição, as campanhas de Bolsonaro e Lula experimentam realidades contrapostas. 

Além de patinar e ficar restrito ao apoio de uma escória tão deplorável e abjeta quanto perigosamente representativa [cerca de 30% do eleitorado], a preocupação central de Bolsonaro é não ver seu ativo eleitoral se descapitalizar. 

A campanha Lula, por outro lado, se beneficia da avalanche de apoios da imensa maioria da sociedade brasileira e, além disso, ganha cada vez mais vigor e entusiasmo nas ruas, onde é notório o clamor pela sua eleição já no dia 2. 

Faltam apenas cinco dias para o começo do fim do pesadelo fascista-militar. 

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