Ômicron descontrolada, presidente idem

(Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Amanda Perobelli)


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Por André Barroso 

Todo ano, perto da virada do ano, somos levados pela curiosidade ou insegurança a ouvir previsões de futuro por diversos sensitivos. É comum quando um acerta, ser marcado nas redes sociais. Viu? Fulano acertou! No caso da nossa pandemia, fica muito fácil para cientistas, diante dos negacionistas bolsonaristas e de um governo que sabota a vacinação, mostrarem quanto o país ainda vai sofrer com o caos social. Certas previsões diante do quadro são fáceis de acertar. Em abril e maio vamos ver um aumento expressivo de casos de COVID. Vai haver um aumento de internações e mortes e o impacto desse aumento vai depender do número de vacinados e da cobertura com a 3ª dose.

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A solução em curto prazo, sempre foi dos cuidados com a higiene e os protocolos de segurança como máscara, álcool gel e distanciamento social. Mas a queda de braço entre o rico que quer lucrar, expondo os trabalhadores e a população mais consciente que quer se proteger é grande. Grande desde tempos imemoriáveis. A primeira vez que ouvimos sobre isolamento social e as regras básicas de cuidados, foi na Bíblia. Higiene das mãos, o uso de máscaras e distancia foram normatizados ao povo de Israel a mais de 3500 anos. Como essa população estava em viagens e passando por diversas comunidades, eles tinham contato diretamente com várias doenças, entre elas a lepra. Em Êxodo 30: 18-21, diz: Lavem suas mãos. Levítico 13: 4, 5,46: Se tiver sintomas, mantenha a distancia, cubra a boca e evite o contato com outras pessoas. Quem está infectado, deve permanecer entre 7 e 14 dias em quarentena. Lembrando que nessa época não havia conhecimento sobre microrganismos.  

Mas eles tiveram a revelação de alguém que poderia ser o garoto propaganda para uma grande rede de proteções na época: Deus. O exemplo de uma figura é importante para que haja imunização. Sempre foi assim. Podemos lembrar-nos de um caso recente nos Estados Unidos. No final da década de 1940, a poliomielite, afetava 35 mil americanos, principalmente as crianças. Em 1955, com a chegada da vacina do médico Jonas Salk, os americanos enfrentaram desconfiança e negacionismo. O presidente Dwight Eisenhower, promoveu uma grande campanha de vacinação e foi a público falar sobre a importância de se imunizar. Mas, bastou uma figura como Elvis Presley que no palco do The Ed Sullivan Show,que além de cantar “Love Me Tender”, cumpriu um pedido da March of Dimes e diante das câmeras se vacinou ao vivo. O exemplo fez com que os jovens aderissem e em pouco tempo a doença praticamente foi erradicada.

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O fato, comprovado pela CPI da COVID e todas as manifestações de procrastinação do Presidente da República contra a vacinação em massa e agora sua cruzada contra a imunização das crianças, mostra que essa batalha vai demorar a ser vencida. O Brasil é hoje um grande celeiro de cepas que irão se modificar e criar COVIDs cada vez mais fortes. Somente com um trabalho de imunização eficiente, poderemos vencer ou controlar para voltarmos ao normal. Porém, estamos a mingua de exemplos para convocação em massa para imunização e de cuidados com as regras de distanciamento social. Bolsonaro poderia ser esse exemplo para o bem, porém se tornou o exemplo para o mal. Haverá descontrole explosão de casos e mortes. E o planalto já sabe que isso interfere negativamente em sua campanha de reeleição, por isso esconde os números com o apagão de dados do Ministério da Saúde silenciado por um hacker a mais de um mês sem solução.  

Em quanto isso, resta ao presidente fazer um desserviço nacional comprando briga exaltado com o presidente da Anvisa. Parece que no Brasil, as medidas protetivas são: Álcool na mão, máscara no rosto, não aglomerando e rezando.

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