Olho vivo em outubro
"Estou defendendo eleição de parlamentares dignos e compromissados com uma recuperação que a cada dia se torna mais e mais difícil", diz Eric Nepomuceno
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Por Eric Nepomuceno, para o 247
Que temos em Jair Messias o pior presidente da história da República é algo mais que sabido.
É importante recordar, além disso, que temos também um dos piores, se não o pior Congresso desde a redemocratização, ou seja, dos últimos 37 anos. Na esteira de Jair Messias foram eleitas aberrações escandalosas, e o resultado está aí: um escândalo atrás de outro.
Figuras abjetas como Arthur Lira sempre existiram, é verdade. Mas nunca com semelhante poder. E isso para não mencionar a quantidade de cabos, soldados, capitães e delegados como nome de parlamentar.
Daí a importância fundamental de eleger um Congresso que permita ao próximo presidente, que tudo indica que será Lula, governar. E, por governar, devemos ler começar a tentar reconstruir este país a partir da poeira dos escombros a que fomos todos conduzidos por Jair Messias e seu bando.
Na verdade, muito mais que tarefa Lula terá uma difícil missão. E para cumprir essa missão será essencial contar com um Congresso minimamente qualificado. Caso contrário ele ficará nas mãos de um bando de degenerados.
Não estou defendendo que sejam eleitos apenas parlamentares de esquerda ou minimamente progressistas: estou defendendo a eleição de parlamentares dignos e compromissados com uma recuperação que a cada dia que passa se torna mais e mais difícil. Que os conservadores sejam bem-vindos, e que os reacionários e os cretinos fiquem de fora.
Aberrações como Daniel Silveira, Bia Kicis e Clara Zambelli foram conduzidas ao Congresso em 2018. À exceção do primeiro, um criminoso indultado por Jair Messias e que não poderá disputar votos, as outras duas têm tudo para serem reconduzidas agora em outubro.
Aqui no Rio de Janeiro são altas as chances de Romário permanecer no Senado. E impedir que gente como ele retorne ao Congresso é, pelo Brasil afora, uma missão essencial de nós, eleitores.
Por isso mesmo é no mínimo estarrecedor o que estamos vendo no cenário brasileiro, com a imensa dificuldade de armar chapas eleitorais condizentes não apenas com Lula, mas com a própria democracia.
Voltando ao Rio, é essencial devolver a Brasília nomes como Chico Alencar, Wadih Damous e Lindberg Farias – para mencionar apenas três exemplos. Em cada estado deste país destroçado haverá nomes com as mesmas qualificações, e é essencial que cheguem ao Congresso. E que outros, que lá estão mas em franca minoria, continuem onde chegaram.
Mesmo que Jair Messias seja catapultado, aberrações como seu filhote Eduardo Bananimnha serão reeleitas. O que não podemos, sob o risco de afundar de vez o que afundado está, é permitir que continuem sendo maioria. Este é o grande perigo que corremos.
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