Olho vivo em outubro

"Estou defendendo eleição de parlamentares dignos e compromissados com uma recuperação que a cada dia se torna mais e mais difícil", diz Eric Nepomuceno

Lula e plenário da Câmara dos Deputados
Lula e plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Ricardo Stuckert | Marina Ramos/Câmara dos Deputados)


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Por Eric Nepomuceno, para o 247 

Que temos em Jair Messias o pior presidente da história da República é algo mais que sabido.

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É importante recordar, além disso, que temos também um dos piores, se não o pior Congresso desde a redemocratização, ou seja, dos últimos 37 anos. Na esteira de Jair Messias foram eleitas aberrações escandalosas, e o resultado está aí: um escândalo atrás de outro.

Figuras abjetas como Arthur Lira sempre existiram, é verdade. Mas nunca com semelhante poder. E isso para não mencionar a quantidade de cabos, soldados, capitães e delegados como nome de parlamentar.

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Daí a importância fundamental de eleger um Congresso que permita ao próximo presidente, que tudo indica que será Lula, governar. E, por governar, devemos ler começar a tentar reconstruir este país a partir da poeira dos escombros a que fomos todos conduzidos por Jair Messias e seu bando.

Na verdade, muito mais que tarefa Lula terá uma difícil missão. E para cumprir essa missão será essencial contar com um Congresso minimamente qualificado. Caso contrário ele ficará nas mãos de um bando de degenerados.   

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Não estou defendendo que sejam eleitos apenas parlamentares de esquerda ou minimamente progressistas: estou defendendo a eleição de parlamentares dignos e compromissados com uma recuperação que a cada dia que passa se torna mais e mais difícil. Que os conservadores sejam bem-vindos, e que os reacionários e os cretinos fiquem de fora.

Aberrações como Daniel Silveira, Bia Kicis e Clara Zambelli foram conduzidas ao Congresso em 2018. À exceção do primeiro, um criminoso indultado por Jair Messias e que não poderá disputar votos, as outras duas têm tudo para serem reconduzidas agora em outubro.

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Aqui no Rio de Janeiro são altas as chances de Romário permanecer no Senado. E impedir que gente como ele retorne ao Congresso é, pelo Brasil afora, uma missão essencial de nós, eleitores.

Por isso mesmo é no mínimo estarrecedor o que estamos vendo no cenário brasileiro, com a imensa dificuldade de armar chapas eleitorais condizentes não apenas com Lula, mas com a própria democracia.

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Voltando ao Rio, é essencial devolver a Brasília nomes como Chico Alencar, Wadih Damous e Lindberg Farias – para mencionar apenas três exemplos. Em cada estado deste país destroçado haverá nomes com as mesmas qualificações, e é essencial que cheguem ao Congresso. E que outros, que lá estão mas em franca minoria, continuem onde chegaram.

Mesmo que Jair Messias seja catapultado, aberrações como seu filhote Eduardo Bananimnha serão reeleitas. O que não podemos, sob o risco de afundar de vez o que afundado está, é permitir que continuem sendo maioria. Este é o grande perigo que corremos.

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