O vídeo da terceira via

"As imagens que exibem o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello negociando vacinas Coronavac pelo triplo do preço são um petardo político na pré-campanha presidencial de 2022", escreve o jornalista Paulo Moreira Leite

(Foto: Reprodução)


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Por Paulo Moreira Leite

Gravadas em março, quatro dias antes de Pazuello deixar o governo, quatro meses depois o vídeo constitui uma peça sob medida para uma operação política urgente. Destroçar a reeleição de Jair Bolsonaro e abrir caminho para um personagem dos sonhos da burguesia brasileira - um concorrente novo em folha, derradeira esperança para enfrentar Lula, considerado imbatível pela unanimidade dos analistas políticos.

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Do ponto de vista de quem não quer sofrer uma derrota em clima de tragédia no ano que vem, o primeiro passo é livrar-se de um candidato atingido por uma desmoralização irremediável, para dar lugar a um candidato com cara de anjo e passado maleável para 1001 utilidades.

Esse raciocínio explica a fileira de gravatões do mundo político-econômico que, de uma hora para outra, resolveram dar seu apoio ao impeachment, num movimento tão apressado que sequer conseguem fingir indignação.

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Não há nenhuma motivação ética nesse movimento, nenhum compromisso com o futuro da nação - apenas um cálculo político.

Depois de patrocinar o mais desastroso governo da história brasileira, o que se planeja é uma ação de emergência na política brasileira para impedir a reconstrução do país sob a liderança de Lula, que possui compromissos reconhecidos com as necessidades da maioria e já demonstrou capacidade para unir os brasileiros e brasileiros em torno de uma proposta de reconstrução nacional.

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Com todas as peças em movimento - inclusive Bolsonaro, internado em São Paulo - este é o novo curso da política brasileira.

Em novo esforço para impedir a recuperação dos interesses do povo na política brasileira, procura-se um anti-Lula. Em 1989, seu nome foi Fernando Collor. Em 2018, Jair Bolsonaro. Em breve o rosto para 2022 deve ser apresentado ao país.

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Ninguém sabe se a trama vai dar certo.

Mas todos podem ter certeza que os donos da política brasileira não aprendem nunca.

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Alguma dúvida?

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