O triunfo de Lula
Lula se coloca e é reconhecido como o grande líder político da atualidade
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Por Fernando Lavieri
A descrença no Poder Judiciário e a perplexidade com uma das situações mais absurdas que já ocorreram no Brasil foram os sentimentos que tomaram conta de milhares de brasileiros que, pela tevê, viram as imagens das audiências dirigidas pelo ex-juiz Sergio Moro, em meados de 2017, as quais, apesar do empenho e intrepidez do advogado Cristiano Zanin, acabaram por destinar o presidente Lula a prisão por um ano, sete meses e um dia. Porém, poder ver, agora, novamente pela televisão, as imagens dos dois mais importantes fatos dessa semana: sabatina e aprovação de Zanin pelo Senado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e, depois, a ovação a Lula em Paris, na França, após ele ter feito um discurso histórico e, ao mesmo tempo, preciso, os mesmos brasileiros são tomados pela sensação de êxtase.
Em apenas uma semana, o Brasil ganhou um magistrado excelente na mais alta corte do País e o mundo ouviu diretrizes sobre os assuntos mais relevantes do momento, os quais são essenciais para o futuro da humanidade. O presidente Lula passou por todos os temas e falou do coração. Segundo ele, a preservação do Meio Ambiente é vital, mas indicou como tal empreendimento deve ser financiado; disse sobre a desigualdade social; o respeito e a integração dos países mais pobres as decisões mais relevantes no cenário econômico e, nesse contexto, em suas palavras, os países ricos têm de pensar nos diferentes; e aproveitou para levantar a bola a respeito do que é um dos principais anseios dessas nações: a desdolarização da economia. Mencionou com ênfase os impasses em relação ao acordo comercial com a União Europeia e, ainda, sobre uma necessária e urgente mudança na estrutura de instituições de alcance global, como a ONU e o seu Conselho de Segurança (alterações que, aliás, já foram analisadas nessa coluna). Comedido, Lula também avaliou a guerra da Ucrânia e sabiamente soube desviar das armadilhas sobre as questões militares na Rússia. No “detalhe” da semana, o presidente do Brasil encontrou-se com o papa Francisco e com Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, que, talvez, por ser uma política de extrema direita, não demonstrou publicamente satisfação em receber o estadista brasileiro.
O presidente Lula e sua equipe de governo acertaram em todas as ações. Inclusive, ao final do trânsito na Europa, quando se evitou um encontro, digamos, desconfortável, com Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Nesse momento, o Brasil fala ao mundo e é ouvido. No aspecto simbólico, algo que é muito importante quando o assunto é política externa, Lula se coloca e é reconhecido como o grande líder político da atualidade.
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