O terror bolsonarista, o tubarão e o cavalo
"Só a mobilização da sociedade e as manifestações populares podem salvar a democracia", diz Bepe Damasco: 'projeto de golpe de Bolsonaro andou algumas casas'
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O encontro de Bolsonaro com os embaixadores, do qual teria que sair deposto e preso, fez seu projeto de golpe andar algumas casas. Mais do que nunca está claro que só a mobilização da sociedade e as manifestações populares podem salvar a democracia.
No momento em que a violência política busca disseminar o terror pelos quatro cantos do país, com o nítido objetivo de frear o ímpeto dos muitos milhões de brasileiras e brasileiros que lutam para livrar o Brasil em outubro da barbárie fascista, é preciso manter a espinha ereta, a mente tranquila, mas o coração quente.
A intolerância da bandidagem bolsonarista visa impedir que as famílias pensem duas vezes antes de irem a um comício de Lula e dos candidatos do campo democrático e que os pais desencorajem seus filhos adolescentes e jovens a engrossarem os atos democráticos.
Aí estaria aberta a porteira para os cães hidrófobos da extrema direita tomarem conta das ruas de forma soberana. Já rola nas redes inclusive uma convocação para uma mobilização dos inimigos da democracia, para dia 31 de julho. E tem mais em 7 de setembro.
As bombas atiradas contra as manifestações de apoio a Lula em Minas e no Rio, o assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda e a emboscada da qual foram vítimas o candidato a governador Marcelo Freixo e apoiadores, infelizmente, são só a ponta do iceberg e não devem parar por aí.
Ou seja, nos intimidar é tudo que os candidatos a coveiro do estado democrático de direito querem e precisam. E, diante da inquietação de como reagir à situação de tamanha gravidade, repleta de ameaças inclusive à nossa integridade física, me veio à cabeça a história do tubarão e do cavalo.
Ela é bem simples: um amigo pergunta para o outro: “compadre, estive pensando aqui, quem é mais veloz um tubarão ou um cavalo?” Resposta: “depende, compadre, se a corrida for disputada na água é o tubarão, mas, se for em terra, é o cavalo.”
A obviedade estelar dessa conversa hipotética cai como uma luva na disputa atual: na raia da violência, estamos fadados à derrota, pois não há como medir forças com milicianos e parcelas expressivas das polícias e das forças armadas. Contudo, se a contenda se der na seara da luta democrática de massas, são grandes as nossas chances de vitória.
Abre parênteses: isso não significa de maneira alguma que devemos tratar com flores os covardes e facínoras que agridem e matam os lutadores políticos e sociais. E tampouco que nos deixaremos matar como moscas. Fecha parênteses.
É certo que o ódio ao fascismo deve ser canalizado para a mobilização e a ocupação das ruas em defesa da candidatura Lula e da construção da vitória em outubro. Depois, o desafio é garantir sua posse. Mas, em paralelo, é fundamental que medidas de proteção e segurança sejam adotadas.
Algumas já foram objeto de seminário virtual organizado pelo PT: ir e voltar das manifestações em grupo; usar uma camisa reserva em caso de deslocamento por locais pouco movimentados; fazer ocorrência policial de todas as ações criminosas perpetradas pela matilha bolsonarista e não deixar de denunciar a violência à imprensa.
Vamos juntos mudar o Brasil!
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