O segredo de polichinelo: a Globo não apoiará Lula nas próximas eleições
Parando o Brasil, o povo terá dado aos golpistas, aos agentes estrangeiros atuantes no poder judiciário e no executivo, aos fascistas, aos escravagistas, aos capitães-do-mato e aos colonizados bajuladores do dinheiro, uma resposta clara e contundente: queremos um Brasil soberano, justo e democrático. Chega de mentiras!
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Neste mundo de imundos golpes, onde a farsa de hoje só reafirma a fraude de ontem, tivemos mais um capítulo com o depoimento do senhor Leo Pinheiro, da OAS.
Primeiro vamos conhecer melhor estas pessoas jurídica e física.
A OAS foi fundada, em 1976, por três sócios, sendo um deles o genro de Antonio Carlos Magalhães (ACM) que, segundo a revista Isto É (Edição nº 2471) "usava métodos pouco ortodoxos para montar um império econômico". Além do Cesar de Araújo Mata Pires, ACM tinha seu íntimo colaborador, Carlos Laranjeira, como sócio da empresa. A disputa entre o genro e o amigo resultou na saída do último e a OAS atual tem 80% de suas ações com Mata Pires, 10% distribuídas entre diversos acionistas, e 10% com o Aldemário Pinheiro Filho (Leo Pinheiro), o denunciante. O período de maior crescimento da empresa, criando subsidiárias e atuando em outros ramos de negócio, além da originária construção civil, ocorreu entre 1985 e 2002.
Vamos recordar as sucessões presidenciais neste período:
15/03/1985 a 15/03/1990 – José Sarney;
15/03/1990 a 01/01/1995 – Fernando Collor e seu vice Itamar Franco;
01/01/1995 a 01/01/2003 – Fernando Henrique Cardoso (FHC).
A inteligência dos leitores dispensa qualquer comentário. ACM era do PFL, partido que apoiou todos governos referidos acima, inclusive com o vice-presidente de FHC. Hoje o PFL foi renomeado DEM e ocupa a presidência da Câmara dos Deputados. Não será fantasioso pensar que esta empresa e este partido tenham e terão muito a perder, econômica e politicamente, com delações que envolvam seu passado e seu presente. A OAS, por sua vez, já esteve envolvida em acusações de trabalho escravo e outro diretor, que não o Leo Pinheiro, e recentes executivos em crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Vejamos, agora, a "delação" do sócio Leo Pinheiro:
"Leo Pinheiro, ex-dirigente da OAS, fez um depoimento em que retrata um homem à procura de qualquer coisa que faça com que sua pena de vinte anos seja reduzida. Era tão previsível que, duas horas antes do depoimento, o Valor publicava seu conteúdo." (TIJOLAÇO, de Fernando Brito, 20/04/2017).
No facebook há também notícia que um blog virtual, que já transmitira em tempo real outro depoimento dirigido por Sergio Moro, também divulgou, antes da delação, todos seus termos. E não há fila diante do jornal e da casa do blogueiro para saber os números da próxima mega sena acumulada!
E prossegue o TIJOLAÇO:
"Permanece a primeira e maior incongruência de todo este processo: como é que alguém que tinha poder sobre bilhões em contratos, que tinha o poder de induzir dirigentes de estatais a fechar negociações sobre centenas de milhões ou até bilhões de dólares, vai usar como meio de praticar corrupção um apartamento num pombal no Guarujá, quando qualquer Joaquim Barbosa ou João Dória compra apartamento na praia de Miami?"
Dizia meu saudoso falecido pai: a mentira tem perna curta. Mais rápido se pega um mentiroso do que um coxo (com meu pedido de perdão a estes).
E por que todo este alvoroço? Por que forçaram um fragílimo sócio menor e destituído executivo a cometer perjúrio?
Temos duas hipóteses não excludentes. Uma vem sendo divulgada nas redes sociais e ocultada pela imprensa golpista: em eleições democráticas, hoje, Lula seria eleito no primeiro turno, malgrado toda campanha que esta mesma imprensa diuturnamente faz contra ele.
Outra pode ser o previsível sucesso da greve geral convocada pelas centrais sindicais, associações profissionais e movimentos populares para o próximo dia 28 de abril.
Parando o Brasil, o povo terá dado aos golpistas, aos agentes estrangeiros atuantes no poder judiciário e no executivo, aos fascistas, aos escravagistas, aos capitães-do-mato e aos colonizados bajuladores do dinheiro, uma resposta clara e contundente: queremos um Brasil soberano, justo e democrático. Chega de mentiras!
Gostaria de acrescentar uma última consideração. As informações nos blogs, nos portais, nos sites e no facebook tornaram-se o único e estreito caminho para a vocalização da cidadania. Não podemos deixar que ele seja obstruído, bloqueado, e nele colocados obstáculos de toda ordem. Lembrem-se que a desestruturação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) foi a mais batalhada e inicial preocupação dos golpistas ao assumirem, ainda interinamente, o poder em 2016. Escrevam, coloquem no facebook, nos blogs, na comunicação virtual suas ideias, suas reivindicações, seus sonhos, sentimentos e esperanças. Não permitam que os inimigos do povo e da democracia ocupem estes lugares. A vitória começa na vontade de lutar.
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