O risco de um grande estelionato eleitoral no Brasil

Bolsonaro e Guedes conversam durante cerimônia em Brasília 07/04/2022
Bolsonaro e Guedes conversam durante cerimônia em Brasília 07/04/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A questão nacional de defesa do país, de sua população, é fundamental, especialmente quando se trata de um país oprimido pelo imperialismo, como o Brasil. Para o povo, a defesa do seu país, de sua economia, do território, da Amazônia, é fundamental. Os ricos têm muito dinheiro, inclusive depositados em paraísos fiscais, para fugir dos impostos. Mas o povo só conta com o suor do seu rosto e com a sua força de trabalho. O trabalhador quando tem que sair do país é para ser explorado nos países ricos, exercendo as funções mais penosas, que os cidadãos daqueles países não querem desempenhar. 

Jair Bolsonaro é patriota de fachada, é um falso nacionalista, assim como a extrema direita tradicional. A comprovação de que Bolsonaro é um falso patriota é a destruição de direitos que vem fazendo. Não existe pátria com destruição dos direitos do povo. O governo vem impedindo que o salário-mínimo, que é tão fundamental para a maioria do povo, tenha ganhos reais, há quatro anos. Fez uma contrarreforma para dificultar a aposentadoria e baixar os seus valores, que já são bastante modestos. São medidas que vão contra os interesses da população, que depende de se aposentar para continuar comendo e pagando suas contas. 

continua após o anúncio

A imensa polarização existente no país hoje não é obra do Espírito Santo, mas decorrência de uma crise econômica sem precedentes e sem um fim previsível. Como ocorre em graves crises, a cada ação encaminhada, ao invés de aliviar a crise, esta é alçada à um patamar superior. Em um quadro de crise mundial aguda como a atual, cujas consequências neste momento são imprevisíveis, aumenta a disputa por matérias primas, fontes de energia e mercados mundiais. Um país com os recursos naturais e com a extensão territorial do Brasil, com uma política de desenvolvimento, petroquímica desenvolvida, com as reservas petrolíferas que dispõe, seria imbatível como nação desenvolvida. 

A posição do governo Bolsonaro em relação à questão nacional é muito simples. Entregou a Base de Alcântara no Maranhão para os norte-americanos, mas faz de conta que é nacionalista. Tem posição ambígua em relação à uma questão fundamental como a Amazônia. Claro que o governo Bolsonaro não tem como fazer uma gestão correta da Amazônia. Este é um governo incompetente em qualquer área, especialmente no tema ambiental, que é complexo e exige um mínimo de capacidade de planejamento e gestão. 

continua após o anúncio

O governo de Bolsonaro está destruindo as ferramentas de execução de política econômica, o conjunto de medidas encaminhadas ou anunciadas pelo governo tendem a debilitar ainda mais a economia brasileira. Venda de estatais estratégicas sem política de valorização dos ativos, entrega do pré-sal e de outros recursos naturais, achatamento do mercado consumidor interno via arrocho salarial, regressão em décadas na regulamentação do trabalho, esvaziamento do BRICS, fragilização do Mercosul, tudo isso enfraquece ou dificulta muito a possibilidade de retomada do crescimento do país. 

Tudo indica que vem mais bomba por aí. Segundo várias matérias de jornais, publicadas a partir de quinta-feira, dia 20, Bolsonaro prepara a maior farsa eleitoral da história brasileira. Segundo as reportagens, há um estudo preparado ao longo de meses pelo ministério da Fazenda, mas mantido em segredo até agora, visando, supostamente, obter o “equilíbrio das contas públicas”. O plano, dentre outras coisas, defende o fim da correção do salário-mínimo e das aposentadorias pela inflação. Esse conjunto de medidas que, se confirmada, é brutal, está sendo pensado em uma conjuntura na qual o governo gastou mais de R$ 350 bilhões para tentar comprar votos e obter a vitória artificial nas urnas. 

continua após o anúncio

A previsão é que cerca de 75 milhões de pessoas, as mais empobrecidas do país, serão afetadas. Imaginem o salário-mínimo e as aposentadorias deixarem de ser corrigidos pela inflação, neste cenário em que os preços sobem descontroladamente. Especialmente o preço de alimentos e combustível. Teríamos uma queda do padrão de vida das famílias ainda maior do que já ocorreu nos últimos anos. 

O pacote prevê ainda, segundo os jornais, privatizar as estatais que restam – Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e Correios, em especial – para obter recursos. O país queimará, então, as empresas e bancos indispensáveis à reconstrução da sua economia. O país corre o sério risco de sofrer o maior estelionato eleitoral da história.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247