O que nos ensina o desfecho da luta contra o fechamento das escolas em SP
A mensagem é explícita: a sociedade brasileira resiste fortemente ao desmonte dos direitos, políticas e serviços públicos e sociais
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Sobre o desfecho da ocupação vitoriosa das escolas em São Paulo, contando, inclusive, com adesão de artistas da nova e velha geração, a mensagem é explícita: a sociedade brasileira resiste fortemente ao desmonte dos direitos, políticas e serviços públicos e sociais, por mais que a ofensiva para desmontá-los ocorra num período de crise econômica e política, que enseja impopularidade conjuntural do partido-líder do governo e da chefa de governo.
Este tripé - e sua defesa como antessala de um novo ciclo de sua expansão - é a base da reação política ampla que o país precisa, envolvendo a aliança governista e os movimentos sociais.
A luta política em 2016 exige estratégia pública para conciliar o ajuste necessário nas contas públicas com a manutenção dos ganhos dos últimos 13 anos e o recorte é não desconstruir o Estado como promotor de bem-estar, justiça social, proteção aos mais pobres e aos trabalhadores, assim como expansão de direitos civis apesar da permanente pressão por fazer com que a recomposição da capacidade de ação estatal seja paga com desemprego, endividamento pessoal e familiar, temor em investir, redução da renda e predominância da agenda conservadora que vigorou em 2015.
Contudo, por outro lado, não adiante cair em aventuras e idílios como se a esquerda não estivesse fortemente questionada em suas condições de seguir à frente do Brasil numa situação que pode se reverter, mas ainda é desfavorável.
Isso pode favorecer agitações específicas em públicos a quem se interessa demagogicamente agitar, mas terá baixíssima efetividade. Poder mais significará, sobretudo, criar condições para retomar o projeto bloqueado. E este tem que ser um esforço de dirigentes e quadros intermediários, do primeiro, do segundo e terceiros escalões, de parlamentares e ministros, mas também de líderes sociais; de políticos das antigas e de candidatos da nova geração que empunham causas progressistas.
Pé no chão e pé na tábua.
Não confundir luta democrática com "revolução socialista".
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