O próximo passo do golpe: tirar a internet dos pobres

A verdade é que a neutralidade de rede pode estar prestes a ser quebrada no Brasil, após ter sido garantida em lei a todos os brasileiros durante os governos petistas. Essa é mais uma etapa do golpe dentro do golpe, um retrocesso contra o qual devemos nos organizar para resistir. Nas ruas e praças deste país 

Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília 12/07/2017 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília 12/07/2017 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Chico Vigilante)


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Monopolizar informação para moldá-la a sua forma mais conveniente sempre foi estratégia de golpes de Estado.

No Brasil o golpista Temer e sua quadrilha vão além. Já não lhes basta o apoio da Globo e da grande mídia comercial.

Para garantir que o golpe prossiga querem que a informação em tempo real pare de chegar nas mãos dos brasileiros.

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Como querem fazer isso?

O plano maquiavélico é permitir que as teles impeçam o acesso da internet aos pobres, uma vez que o serviço passaria a custar tão caro que só a elite conseguirá ter internet rápida, de qualidade e sem bloqueios.

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E por que? Ora, porque a internet ajuda a esclarecer a população, a organizar os trabalhadores, a convocar manifestações contra este governo de entreguistas.

A barganha de Temer com as operadoras de telefonia, responsáveis pela venda de pacotes de acesso à internet é claro: elas ganham muito dinheiro e ele bloqueia informação à maioria da população brasileira sobre o que acontece no país em realidade.

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Para fazer isso Temer precisa anular um decreto assinado por Dilma Rousseff que proíbe as teles de cobrarem mais dos clientes pelo uso de internet em contratos vigentes.

Precisa alterar o marco civil da internet e sua garantia de universalidade do serviço a todos. Aprovado há 3 anos, ele determina que não deve haver "pedágios" na internet.

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Isso quer dizer que nenhuma empresa que vende acesso à internet poderá criar barreiras – sobretudo financeiras – para algum tipo de conteúdo.

Não pode fazer cobrança diferenciada para acesso ao twiter, youtube, ou qualquer aplicativo ou mídia social alegando, por exemplo, razões técnicas como maior necessidade de banda larga.

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Não pode inventar fórmulas estapafúrdias como vender acesso aos e-mails e ao whats app mas vetar acesso ao Netflix ou ao Skype.

As teles não podem mas é exatamente isso que estão tramando.

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A mudança articulada no governo Temer pretende permitir o bloqueio de acesso a determinados conteúdos ou aplicativos – ao que tudo indica a blogs e sites de notícias independentes e até quem sabe a mídias sociais com alta participação de formadores de opinião.

Querem permitir de vez a venda de pacotes com a diminuição da velocidade de navegação ao longo do mês ou o pagamento extra pelo uso de aplicativos de vídeo que ofereçam filmes em alta definição.

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A capacidade dos golpistas de tramar contra os interesses do povo brasileiro não tem fim.

A verdade é que a neutralidade de rede pode estar prestes a ser quebrada no Brasil, após ter sido garantida em lei a todos os brasileiros durante os governos petistas.

Essa é mais uma etapa do golpe dentro do golpe, um retrocesso contra o qual devemos nos organizar para resistir. Nas ruas e praças deste país.

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