O protofascismo naturalizou a barbárie

Desarmar a população, punir os criminosos e exaltar a paz em detrimento da violência é o caminho que nos resta

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


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A recente tragédia ocorrida na creche de Blumenau (SC) chocou o país. A partir do mau exemplo vindo da disseminando de armas nas mãos da população, moda nos Estados Unidos, que vive uma verdadeira epidemia de chacinas, instalou-se aqui mais essa triste realizada, transportada para o Brasil, com a eleição de Jair Bolsonaro. 

O culto às armas com o discurso falso da autodefesa da população e a propalada facilitação da aquisição de armamentos pelos CACs- colecionadores, atiradores esportivos e caçadores, - transbordaram para o contrabando e a venda de armamento legal para as organizações criminosas pelo Brasil afora. 

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O aumento exponencial do número de ataques às escolas, a verdadeira chaga do feminicídio e da violência doméstica e familiar e o crescente surto de brigas de trânsito com o uso de armas de fogo - são efeitos colaterais do quadro trágico que o protofascismo legou ao novo governo eleito em 2022. 

Epicentro da espiral fascistizante foi a intentona golpista do último 8 de janeiro. As imagens da destruição dos prédios da institucionalidade do Estado -  o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal correram o mundo. A não punição severa dos atos ocorridos pode agir como agente estimulador de outras aventuras. 

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Surpreende a sociedade a banalização de atitudes criminosas perpetradas por pessoas que aparentemente exerciam atividades normais no seu cotidiano e do nada cometem atos bárbaros. O estímulo que pode vir do submundo das mídias digitais exigirá das autoridades um aperfeiçoamento nos métodos investigativos e também uma atualização do Código Penal para punir as ações criminosas e estímulos aos atos preparatórios. 

“A triste verdade é que os maiores males são praticados por pessoas que nunca se decidiram pelo bem e pelo mal”, dizia a filósofa Hannah Arendet. 

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Desarmar a população, punir os criminosos e exaltar a paz em detrimento da violência é o caminho que nos resta. 

O resto é barbárie e anomia. Não podemos falhar! 

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