O problema não é corrupção. E sim, os juros!

No mundinho encantando de Meirelles e Temer, há “recuperação” econômica e os juros caem. Na vida real, porém, os juros continuam subindo

Michel Temer e Henrique Meirelles
Michel Temer e Henrique Meirelles (Foto: Miguel do Rosário)


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No mundinho encantando de Meirelles e Temer, há “recuperação” econômica e os juros caem. Na vida real, porém, os juros continuam subindo.
 
Quando o sujeito entra num banco para tentar um financiamento, os juros estão mais altos, e não mais baixos.

O Brasil é o único país do mundo que, em face de uma profunda recessão, eleva os seus juros reais.

A Folha dá a notícia com timidez, quase vergonha. A Globo, nem dá nada. Os canais de TV também escondem.

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No entanto, era exatamente isso o que os brasileiros deveriam estar discutindo, e não a última etapa da Lava Jato.

O Ministério Público, por sua vez, deveria também se concentrar em investigar as razões pelas quais os juros são tão altos no país. Esse é, de longe, o maior roubo praticado no Brasil.

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O que o governo e os brasileiros pagam de juros, em suas mais variadas formas, deve corresponder a uma Lava Jato (que considera a corrupção por muitos anos) por dia!

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Em outra matéria, a Folha comemora a queda dos juros do cartão de crédito de 428% para 330%…

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Mais uma vez, a imprensa esconde que essa taxa não apenas é pornográfica, porque não tem paralelo no mundo, como tem uma função paralisante ou depressiva, sobretudo para a nova economia da internet, cuja principal moeda é o cartão de crédito.

Ao fazer reportagens sobre os juros no Brasil, sem mostrar um quadro comparativo do mundo, a imprensa escamoteia a verdade, porque não permite que tenhamos uma ideia precisa sobre o nível de exploração de que somos vítimas.

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Os gráficos desse post são de um blog interessante sobre economia, o Minhas Economias, que fez um post bastante completo sobre a atual situação dos juros reais no país.

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Na Folha Invest

Apesar de redução da Selic, juros de bancos para crédito pessoal sobem

TÁSSIA KASTNER
DE SÃO PAULO

03/07/2017 02h00

Algumas linhas de crédito oferecidas pelos bancos aos consumidores estão ficando mais caras e não mais baratas, ao contrário da expectativa criada pela redução da taxa básica de juros da economia pelo Banco Central, iniciada em outubro de 2016.

Desde então, o BC reduziu a taxa Selic de 14,25% para 10,25% ao ano. A expectativa dos economistas é que ela chegue ao fim do ano perto de 8,5%, de acordo com as projeções reunidas pelo Banco Central no boletim Focus.

No entanto, o custo médio do crédito pessoal cresceu 3,4 pontos percentuais entre abril e maio, segundo dados do BC. Tomar um empréstimo agora custa 132,6% ao ano para pessoas físicas, em média.

A taxa é mais cara do que a registrada em maio do ano passado, quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo, a recessão econômica ainda estava se aprofundando e as taxas de desemprego continuavam subindo.

Também aumentou o juro para quem quiser renegociar suas dívidas. Essa linha é oferecida a clientes que acumulam dívidas com cheque especial, cartão de crédito e outros produtos, permitindo que eles quitem esses débitos assumindo um novo empréstimo com prazo mais longo, às vezes com algum desconto. (…)

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