O problema de saúde não é de Pazuello

"O general da ativa Eduardo Pazuello não vai apenas tarde: ele vai acompanhado pela sombra eterna de mais de 275 mil brasileiros", escreve o jornalista Eric Nepomuceno sobre a saída do ministro da Saúde

(Foto: ABr | Reprodução)


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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia 

Poderia ser nada além de uma desculpa esfarrapada, mas o argumento utilizado pelo general da ativa Eduardo Pazuello para entregar o quepe – problema de saúde – oculta uma verdade muito mais tenebrosa.

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É verdade que no começo da noite de domingo ele disse que não estava doente coisa nenhuma. Para quem se desdiz a cada três dias, a começar pelo número de vacinas que serão entregues, nada de novo. O que importa é que finalmente vai cair fora.

Ao longo do tempo em que permaneceu à frente do ministério da Saúde, rodeado de militares que aboletou em postos e cargos antes ocupados por gente do ramo, Pazuello fez basicamente duas coisas.

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A primeira: do alto da sua prepotência, demonstrou sem trégua nem pausa uma incompetência absoluta. Seu desempenho de lacaio olímpico ao presidente Genocida fez dele cúmplice irremediável de uma tragédia sem precedentes, e reforçou ainda mais essa incompetência, somada à inépcia dos fardados distribuídos à sua volta.

A segunda: ele se tornou causador de um problema de saúde, sim – a de todos os brasileiros. Pode até ser que precise de atenção médica. Mas se fizerem agora com Pazuello o que ele fez com o país, ou seja, negar a devida atenção à sua saúde, estará fadado a depender da sorte ou do destino.

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Tivesse um mínimo de dignidade, há muito estaria de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído: o quartel.

Tivesse um mínimo de respeito pelos seus colegas de farda, teria passado para a reserva antes de emporcalhar a imagem do Exército e, por tabela, das Forças Armadas.

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A exemplo de todo o governo encabeçado pelo psicopata sem remédio, Pazuello não merece sequer vestígio de gota de respeito.

Resta saber agora quem aceitará ocupar a poltrona que ele sujou. Em se tratando de uma escolha do Genocida, qualquer desconfiança é pouca.

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Oxalá surja um nome com experiência concreta e substantiva e que, mais do que abrir guerra contra a pandemia, consiga convencer Jair Messias a permitir que o ministério da Saúde cumpra sua função, deixando as iniciativas nas mãos de técnicos e especialistas.

O general da ativa Eduardo Pazuello não vai apenas tarde: ele vai acompanhado pela sombra eterna de mais de 275 mil brasileiros.  

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Uma sombra que irá pairar eternamente sobre sua cabeça servil. Que irá velar pelas suas noites de insônia.  

Não há nem haverá luz que rompa essa sombra.

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Resta apenas esperar pelo dia em que ele e Jair Messias cumpram o mesmo destino do sérvio Slobodan Milosevic: sejam levados a um tribunal internacional, julgados, condenados e presos.

E que, como Milosevic, fiquem presos até que a morte vá buscá-los.  

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