O presidente da Câmara tem que ser de oposição

Wadih Damous tem um grande respaldo político e a ficha limpa, para resgatar a confiança do povo brasileiro na Câmara Federal. Só assim haverá de fato uma frente parlamentar séria e justa, que represente os anseios do povo, para combater as injustiças sociais, os interesses de grupos e principalmente os abusos de poder

Wadhi Damous para uso em artigo O presidente da Câmara tem que ser de oposição, de Ricardo Fonseca
Wadhi Damous para uso em artigo O presidente da Câmara tem que ser de oposição, de Ricardo Fonseca (Foto: Ricardo Fonseca)


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Nem bem o ano começou em meio a chacinas em São Paulo e rebeliões no sistema prisional do Amazonas, mas a movimentação política – que não parar nem no recesso em Brasília - já é para formar e angariar apoios para a composição da nova mesa diretora da casa.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), que foi eleito presidente – em mandato tampão - pelas patacoadas de Waldir Maranhão (PP-MA), que continuou como vice, parece que gostou das mordomias do cargo e almeja – mesmo sabendo que não pode concorrer na mesma legislatura – se candidatar ao mais alto cargo da Câmara Federal.

O ex governador do Distrito Federal Rogério Rosso ( PSD-DF) líder do seu partido na Câmara, que perdeu pra Maia nas últimas eleições no ano passado, é um brasileiro nato (não desiste nunca) e já colocou o seu nome nessa disputa. Outro que pleiteia uma vaga na presidência é o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), também líder do seu partido na casa.

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Porém a oposição quer lançar André Figueiredo (PDT-CE), ex Ministro das Comunicações de Dilma Rousseff, a disputa ao cargo. Apesar do PMDB de Michel Temer ter a maior bancada - o que não deixa de ser uma vantagem - o PT também dispõe de força com a artilharia da segunda maior bancada na casa.

Rogério Rosso foi considerado favorito na últimas eleições – também teve o apoio de Temer – mas, em depoimento no dia 29 de junho nos processos do chamado "mensalão do DEM", o técnico de informática Francinei Arruda disse que Durval Barbosa —ex-secretário do Governo do DF que gravou vídeos de uma série de políticos recebendo propina, inclusive do próprio Rosso. Com a imagem desgastada, também é investigado sob acusações de compra de voto e peculato (desvio de recursos públicos), na época de sua passagem como governador do DF, em 2010. A suspeita é de que servidores nomeados por ele foram usados para a campanha eleitoral de Liliane Roriz (PTB-DF) ao cargo de deputada distrital. Reveja aqui.

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Rodrigo Maia ou melhor Botafogo, foi citado na delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Filho à força-tarefa da Lava Jato. Ele disse que a empreiteira pagou pelo menos R$ 600 mil ao Presidente da Câmara e aponta o democrata como um de seus interlocutores preferenciais no Congresso; e vincula um dos pagamentos, de R$ 100 mil, à compra de apoio de Maia à Medida Provisória 613, de 2013. Reveja aqui.

Jovair Arantes, o deputado relator do Impeachment de Dilma, foi condenado pelo TER de Goiáis, a pagar de multa de R$ 25 mil pelo uso dos serviços de funcionário público em seu comitê de campanha eleitoral de 2014 durante o horário normal de expediente. Reveja aqui.

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André Figueiredo tem conduta ilibada, mas não tem digamos que "bala na agulha", pra disparar e vencer um candidato do famoso Centrão. Segundo o deputado deputado Carlos Zarattini (PT-SP) líder do partido na casa, a sigla ainda não definiu quem vai apoiar. Mas, "Queremos que se respeite a proporcionalidade, que o peso dos partidos seja respeitado na composição da Mesa".

Do jeito que a Câmara está – aprovando todas as medidas impopulares de Temer – não pode ficar; principalmente se for o caso de haver eleições indiretas, caso Michel Temer seja cassado no processo que corre no STF. Sim, porque renunciar ele já deixou bem claro que não vai. Fato que se faz necessário, através da criação de uma chapa de oposição, para por limite nos exageros das PEC´s e Mp´s na casa.

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Um nome de peso que teria musculatura necessária para vencer as eleições, o pulso e coragem para enfrentar os governistas, é do deputado Wadih Damous (PT-RJ), que agora está em definitivo na Câmara Federal. O Congresso Nacional sofreu um enorme desgaste desde o impeachtment ilegal de Dilma Rousseff e precisa resgatar a confiança dos brasileiros.

Essa iniciativa imprescindível tem de partir da própria Câmara, cuja a maioria dos deputados respondem a processos na Justiça, para só depois chegar ao Senado.

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2017 é o ano da recuperação da economia brasileira e do combate implacável a inflação, mas tem que ser também, o ano do regaste da confiança nos três poderes da República. Entretanto, a maioria dos parlamentares que não foi contemplada com os milhares de cargos criados no governo Temer, deve se unir a oposição e formar uma grande frente para contrapor os absurdos cometidos por esse governo golpista.

Wadih Damous tem um grande respaldo político e a ficha limpa, para resgatar a confiança do povo brasileiro na Câmara Federal. Só assim haverá de fato uma frente parlamentar séria e justa, que represente os anseios do povo, para combater as injustiças sociais, os interesses de grupos e principalmente os abusos de poder. #ficaadica #WadihDamousPresidente

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