O povo não é problema, o povo é solução
A solidariedade é um modo de mudar o curso da História dos pobres, sempre rejeitando supostas obras altruístas que reduzem o outro à passividade
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Em meio ao caos, com os golpistas e canalhas de todo gênero em ação, alijando o povo das decisões, destruindo o Estado Social e Democrático de Direito (com apoio de vassalos da plutocracia encastelados no Poder Judiciário, no Ministério Público e na imprensa corporativa) aqui na Região Metropolitana de Campinas, na cidade de Sumaré, vivemos movimentos de inclusão popular nas ações válidas de transformação da realidade, com vistas à participação nas decisões da gestão pública.
Uma explicação: em janeiro desse ano escrevi que a vitória de Luiz Alfredo de Castro Ruzza Dalben para prefeitura de Sumaré representaria o renascimento da esperança, após a cidade sofrer alguns anos com uma gestão integralmente descompromissada com a própria cidade e com seus cidadãos e serviçal dos interesses privados.
Passados seis meses torna-se cada vez mais evidente que a população de Sumaré acertou, pois o que se vê é um grupo de secretários comprometidos com a cidade liderados por um jovem prefeito que haverá de fazer História na cidade e no país
Antes um pouco de História.
Em 1997 assisti como secretário municipal em Campinas o início da transformação que a gestão do então prefeito Dirceu Dalben, pai do atual prefeito, propiciou a Sumaré.
Foi uma verdadeira revolução que colocou a população mais simples como protagonista da mudança.
Algum tempo depois a sorte, força divina reguladora dos acasos, nos aproximou e pude viver então como secretário municipal em Sumaré a alegria e efeitos da transformação da cidade e, mesmo que modestamente, participar dela...
Fato é que em 1997 Dirceu recebeu uma cidade devastada pela incompetência das administrações que o antecederam, mas a realidade não o intimidou; envolveu e ouviu a população e a transformação teve início. Afastou-se 77 bairros em 8 anos, avenidas foram abertas, viadutos construídos, levou água à população e atendeu demandas fundamentais daqueles que eram excluídos das preocupações do Estado, construiu e equipou postos de saúde, deu início à regularização fundiária, criou e equipou a guarda municipal, qualificou o transporte, a coleta de lixo, etc., etc., etc.
Passados vinte anos seu filho Luiz venceu as eleições e tornou-se prefeito de Sumaré.
E Luiz Dalben vem ao lado a população da cidade, com trabalho diário, com pequenas atitudes de grande significado e efeito, deixando os oposicionistas e mal-humorados de todo gênero boquiabertos, vem demonstrando que ouvir o povo é o caminho.
Por que? Porque vem fazendo o que se espera de gente honesta e séria.
Os salários vêm sendo pagos em dia, fornecedores tem recebido o respeito que a administração pública deve a todos, já pagou cerca de 1/3 dos quase 160 milhões de reais das dívidas de curto prazo que herdou de sua antecessora, colocou quase 600 processos administrativos que estavam paralisados em movimento, além de - com trabalho e criatividade - ter melhorado e muito a manutenção da cidade e após ouvir a população deu início a cerca de 15 pequenas e medias obras.
Um show!
Mas há ainda um fato mais significativo e que merece registro. No último sábado teve início a pintura das 23 escolas municipais na cidade. O trabalho envolveu mais de 300 pessoas, todos voluntariamente liderados e inspirados por Luiz Dalben deram início a uma ação cidadã única.
A ação está alinhada com a orientação a ONU.
A cada ano, milhares de pessoas de todo o planeta trabalham como voluntários da ONU. De acordo com as Nações Unidas, o trabalho voluntário é revolucionário e os jovens, adultos ou idosos que, dedicam parte do seu tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem-estar social ou outros campos semeia a esperança na humanidade. O voluntariado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indivíduo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições tanto na esfera econômica como na social e contribui para a uma sociedade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade entre as pessoas. Ele serve à causa da paz, pois abre oportunidades para a participação de todos.
Testemunhei isso na alegria, no sorriso e no suor daqueles que ofereceram seu tempo, trabalho e amor a quem sequer conhecem, mas reconhecem como seu irmão.
A solidariedade é um modo de mudar o curso da História dos pobres, sempre rejeitando supostas obras altruístas que reduzem o outro à passividade, em Sumaré não há passividade, há participação e os voluntários são agentes de paz e artífices de justiça que mandam um recado aos plutocratas e seus serviçais: o povo não é problema, o povo é a solução.
Sábio o povo de Sumaré, um povo que sabe que pode erguer suas casas, “onde só havia chão” e quando isso é feito ao lado dos seus irmãos e irmãos toma-se o caminho da revolução.
Pedro Benedito Maciel Neto, advogado, sócio da MACIEL NETO ADVOCACIA, autor de “Reflexões sobre o estudo do direito”, ed. Komedi, 2007.
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