O pesadelo Temer
Hesitante, sem legitimidade e impopular, Temer é também uma marionete mal treinada: dá tapas na mesa para lembrar que tem experiência, sim, como secretário de segurança pública. E que, por isso mesmo, acostumou-se a tratar com bandidos
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Não é só o processo de impeachment, em si, agora desmascarado como golpe que sempre foi contra a presidenta Dilma Rousseff, contra o povo brasileiro, contra a democracia.
Ao mirar no Fundo Soberano, dinheiro do pré-sal para a educação, o presidente ilegítimo Michel Temer escancara a sordidez e as razões explícitas de um golpe que ao mesmo tempo foi feito para acabar com as investigações contra a corrupção e ressuscitar o modelo neoliberal.
Um modelo que só trouxe miséria e desigualdade para o Brasil e para a América Latina.
Um modelo que, eleição após eleição, tem sido recusado pela maioria dos eleitores brasileiros, velhos conhecedores das desgraças de uma economia voltada apenas para os ricos e para as grandes corporações capitalistas.
Temer e sua turma de golpistas pretendem cada vez mais mexer na Constituição Federal para limitar os gastos públicos vinculados à educação, saúde e segurança. Tudo mascarado, como de costume, no saneamento das contas públicas e na bandeira moralista, ridiculamente obsoleta, da “ordem e progresso”.
Mira, ainda, as políticas de financiamento do BNDES, banco público que, nas gestões do PT, se transformou numa ferramenta fundamental de desenvolvimento humano e social, numa fonte permanente de geração de emprego para a população, sobretudo os mais pobres.
Hesitante, sem legitimidade e impopular, Temer é também uma marionete mal treinada: dá tapas na mesa para lembrar que tem experiência, sim, como secretário de segurança pública. E que, por isso mesmo, acostumou-se a tratar com bandidos.
Quanto a isso, ninguém tem dúvida. Basta olhar os quadros ministeriais do governo interino.
Vale lembrar que essa onda de cortes orçamentários irá afetar, mais do que os estados, o Distrito Federal, unidade da federação fortemente dependente de recursos da União.
Brasília, cidade de servidores públicos irá definhar ante os olhos inertes do governador Rodrigo Rollemberg, que nada fala, que nada reclama. Segue, bovinamente, a orientação golpista do PSB, mesmo que para isso tenha que sacrificar a economia do DF e trair aqueles que o elegeram.
Tempos sombrios, mas que a luta nas ruas irá superar.
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