O Papa Francisco e o Patriarca Kirill I abraçam-se e dialogam como irmãos
O "somos irmãos e não concorrentes" deveria projetar inspiração aqui mesmo no Brasil onde e quando experimentamos ferimentos profundos causados pela intolerância, pelo fundamentalismo e pela falta de respeito
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O mundo visualizou mais possibilidades de paz com o encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Ortodoxo Russo, Kirill I.
Chama a atenção que o abraço e o encontro depois de quase 1000 anos de cisma, de separação e de desunião entre duas igrejas cristãs acontecesse em solo americano, notadamente em Cuba.
Aquele País caribenho sofreu discriminação dos papas, do imperialismo, permaneceu meio século bloqueado e impedido de comercializar com o mundo e de receber oficialmente turistas que desejavam conhecer os frutos da revolução socialista. Agora Cuba se destaca mais uma vez como a capital da paz e de encontro ecumênico histórico.
Francisco e Kirill protagonizaram o testemunho de que "somos irmãos", como disse o Papa ao líder moscovita, depois de afetuosos abraços e beijos.
Na declaração conjunta consolidaram o princípio de que "somos irmãos e não concorrentes".
O gesto dos dois líderes iluminou o mundo justo numa conjuntura de guerras violentas que matam, destroem terras, casas, famílias e produzem a barbárie dos refugiados, pessoas que enfrentam os mares, o inverno gélido e todas as rejeições do chauvinismo preconceituoso.
O "somos irmãos e não concorrentes" deveria projetar inspiração aqui mesmo no Brasil onde e quando experimentamos ferimentos profundos causados pela intolerância, pelo fundamentalismo e pela falta de respeito.
"Somos irmãos e não concorrentes" é declaração que testemunha a boa vontade num País socialista, que resiste a todas as perseguições, e se torna berço da paz e do encontro de boa vontade.
São os gritos das vítimas da guerra promovida e alimentada pelos poderosos imperialistas e a "vontade de Deus", como disse Kirill I, que juntam as pessoas que amam pessoas, a vida e o planeta terra.
O princípio "somos irmãos" é o regaste do que ensinava Aristóteles com a afirmação de que o homem é, por natureza, animal social; do acontecer da radical fraternidade do cristianismo primitivo no "repartir a cada um segundo as suas necessidades", como escreveu a comunidade de Lucas no livro Atos dos Apóstolos.
Por realizar-se em Cuba o "somos irmãos" do Papa e do Patriarca ganhou o impulso testemunhal da revolução que extinguiu a fome, a exploração do homem pelo homem, as doenças causadas pela falta de alimentos, o analfabetismo, o alcoolismo, o abandono nas ruas, a falta de moradia e ainda afirmou aquela Ilha como plataforma mundial de saúde e de educação.
O "somos irmãos" cubano é a vitória da democracia estatal a serviço da maioria do povo trabalhador e alerta do que acontecerá em todo o mundo contra a acumulação de poderes para "egoisticar" e matar.
"Somos irmãos" para construir a paz sustentável com base na justiça social, diferentemente da guerra altamente destrutiva promovida pelo império do capitalismo mundialmente dominante.
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