O país sem presidente
“Ninguém vai me convencer que um sujeito, dentro de uma UTI móvel e, neste momento, dentro de um avião, internado desde hoje cedo com dores insuportáveis, tem condições de comandar um país”, argumenta o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik
Ninguém vai me convencer que um sujeito, dentro de uma UTI móvel e, neste momento, dentro de um avião, internado desde hoje cedo com dores insuportáveis, tem condições de comandar um país. Não tem. O Brasil, portanto, está sem presidente. Bolsonaro não passou a presidência para Mourão, como deveria ser.
Também está claro que se ele está voando para São Paulo não é para fazer exames, mas para entrar na faca pela quinta vez..
E também não há dúvida de que o caso é grave. Caso não fosse, ficaria por conta do Hospital das Forças Armadas. Se os médicos de lá não puderam resolver é porque coisa simples não é.
O episódio, provocado por soluços que não param há dez dias, lembrou a muitas pessoas, inclusive a mim, o caso Tancredo.
Tal como Tancredo em 1985, Bolsonaro esperou demais para receber tratamento, preferiu suportar a dor por vários dias. Na mesma região: o estômago.
Além disso, tal como Tancredo, foi internado num hospital de Brasília, onde ficou esperando o Dr. Antônio Macedo, seu cirurgião, vir de São Paulo. Só então embarcaram para São Paulo. Perderam horas preciosas. Logística dignas de Pazuello.
A cara do ministro das Comunicações, Fábio Faria, não estava nada boa no vídeo em que comunicou a viagem de Bolsonaro a São Paulo. Confuso, falou em “primeira facada”. Houve segunda?
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