O pai, o filho e a presença de Kassab
O passo importante para estabilidade política sempre é atender as demandas financeiras através da liberação de recursos para obras, emendas e cargos
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O ministro das Cidades do governo Dilma, Gilberto Kassab, desembarca nesta segunda-feira (13) em Alagoas muito mais do que para apenas assinar e liberar recursos para Alagoas. O sentido dessa visita tem um imenso significado político, maior do que os R$ 58 milhões para saneamento de bairros em Maceió.
E também maior do que o termo de compromisso que irá assinar com o governador Renan Filho (PMDB). Afinal de contas, a viabilidade da gestão do governo peemedebista irá depender, fundamentalmente, da bondade do governo federal.
Kassab, fundador do PSD, é um dos pivôs da crise entre os aliados do PMDB e a presidente Dilma. Ele protocolou no TSE, no mês passado, a criação do PL antes de a presidente sancionar a lei sobre fusão e criação de novos partidos, fugindo das regras mais rígidas aprovadas pelo congresso.
O PMDB, desde o início, fez a leitura de que a manobra era uma forma de enfraquecer o partido. Esse foi um dos motivos para a tão chamada independência alardeada pelos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambos do PMDB.
Mas, ao que parece, essa crise vem esfriando. A indicação do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), como o responsável pela articulação política governamental atende aos desejos das lideranças do partido.
O passo importante para estabilidade política sempre é atender as demandas financeiras através da liberação de recursos para obras, emendas e cargos.
Também por isso Kassab chega ao Estado com a sua parte do saco de bondades. Ele estará agradando, é claro, o pai, o filho, o PMDB e a bancada federal alagoana.
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