O pacto entre nós, mulheres, para sobrevivermos
A proliferação de feminicídios, somado ao País de goiabeiras e "mulheres precisam de flores", como o governo fascista esbraveja por ai, deixa claro que as coisas não estão fáceis para nós; morremos, sofremos estupros e todos os tipos abusos, todos os dias; por isso, nunca foi tão importante mantermos nossa saúde mental e união; repito: nenhuma mana larga da mão da outra; vivemos tempos bicudos
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Eu acho muito interessante esses códigos entre nós, mulheres.
Caminhava por uma rua não muito movimentada e mal iluminada. Durante esse trecho, uma moça juntou ao meu caminhar, passos largos. Ficamos uns bons minutos lado a lado. Um "me protege que eu te protejo" velado.
Passado o trecho escuro, cada uma foi para o seu lado.
E assim sobrevivemos a esse Brasil do cão de estupros e abusos diários. Juntas.
E, pelo visto, nunca foi tão importante mantermos nossa saúde mental e união. Num país de goiabeiras e "mulheres precisam de flores", como o governo fascista esbraveja por ai, as coisas não estão fáceis para nós.
É só ver o noticiário. Quantas de nós morremos, todos os dias, com os requintes de crueldade mais insanos.
Ontem mesmo, vendo TV, deparei-me com uma cena dantesca: A reportagem relatou vizinhos desesperados ligando para polícia. O motivo? o vizinho estava matando sua esposa. Ela, aos gritos, pedia ajuda.
A polícia foi acionada à 1 hora da madrugada e chegou ao local apenas às 2h20. Eduarda Alves, 24 anos, já estava morta.
O mais bizarro dessa situação toda foi a fala do tenente-coronel da Polícia Militar Manoel Jorge dos Santos Neto. “Se o marido mata a esposa, infelizmente é uma questão familiar”.
A querida Maria do Rosário expôs sua revolta no Twitter:
“Se o marido mata a esposa, infelizmente é uma questão familiar”. Afirma autoridade do governo do Paraná justificando a demora em atender denúncia de vizinhos de q mulher estaria sendo morta! 8 ligações foram feitas! O nome dela era DANIELA e deixa uma filha. Incompetentes".
Repito: nenhuma mana larga da mão da outra. Vivemos tempos bicudos.
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