O novo arcabouço fiscal e a trilha para o desenvolvimento

O espírito público da equipe econômica aliada ao olhar de Lula aos pobres, porém, devem nortear os aprimoramentos que podem e devem acontecer

Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023
Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023 (Foto: Diogo Zacarias/Min. Fazenda)


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A imensa maioria dos brasileiros e brasileiras que sufragaram o nome de Lula nas últimas eleições, tem pressa. Muita pressa. 

Composto em quase dois terços por eleitores de até dois salários-mínimos de renda familiar, esse grupo compõe a chamada baixa renda brasileira. Portanto, as classes D e E. “Quem tem fome tem pressa”, já dizia o saudoso sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, nos ido dos anos de 1990. 

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É pensando na resolução dos problemas imediatos dessas camadas sociais que Lula, com a sensibilidade que lhe é peculiar, focou-se desde a transição de governo. Foi dele a ideia de suplementar o Bolsa Família em mais 150 reais para mães com filhos até os 6 anos de idade. 

 Para um país populoso como o nosso, o valor que parece irrisório, abrange um contingente de 8,9 de crianças pobres espalhadas nos quatro cantos do país e que compunham o cenário dantesco da insegurança alimentar, herança do golpe de 2016 e da nefasta “administração” da dupla Bolsonaro/Guedes. 

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Agindo nessa direção, a equipe econômica de Lula, liderada pelo ministro Fernando Haddad, apresenta o plano intitulado Novo Arcabouço Fiscal. O desafio de superar a muralha imposta aos gastos públicos pelo Teto de Gastos, Teto que contando com o apoio militante da mídia mainstream, sufocou a economia nacional e legou ao novo governo o pornográfico número de 30 milhões de pessoas passando fome. 

O Novo Arcabouço Fiscal tem que dar certo. E é apostando no seu fracasso que a extrema-direita e os cultuadores da “mão invisível irão se movimentar. 

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As incompreensões de alguns políticos e economistas do campo progressista apesar de legítimas, não podem pelo açodamento ou a “vontade de aparecer”, servir de combustível para turbinar os inimigos da democracia. 

Todo plano por mais completo que se apresente, em uma democracia, é passível do escrutínio dos mais variados setores. O espírito público da equipe econômica aliada ao olhar de Lula aos pobres, porém, devem nortear os aprimoramentos que podem e devem acontecer. 

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É preciso ainda, continuar a pressionar o Banco Central para que rompa o “garrote” sobre o crescimento abaixando significativamente a taxa de juros. Essa ação combinada com o aperto sobre a sonegação fiscal darão uma folga ao orçamento para que o Estado através de seus instrumentos possa investir na reindustrialização, na ciência, tecnologia e inovação. A chave do nosso futuro enquanto nação soberana. 

Vai dar certo! 

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