O nosso ‘aburguesamento’ teria nos derrotado?

Será que o fato de sermos obrigados a lidar e a conviver diretamente com o poder, com seus agentes e "capatazes", teria nos levado a adotar atitudes e hábitos típicos dos burgueses, e assim enfraquecido a nossa luta?



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Para além do Fla X Flu entre "coxinhas" (ou "tucanalhas") e "petralhas", gostaria de iniciar hoje aqui, de modo despretensioso, uma reflexão com os meus amigos leitores. E com os supostos "inimigos" também.

Será que um hipotético "aburguesamento" dos sindicalistas, de alguns integrantes dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda, dos indivíduos mais progressistas enfim, teria nos conduzido ao malogro?

E o que viria a ser esse "aburguesamento"? Ele teria ocorrido de fato? Como? Por quê? Em que/quais circunstâncias?

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Ou seja: será que o fato de sermos obrigados a lidar e a conviver diretamente com o poder, com seus agentes e "capatazes", teria nos levado a adotar atitudes e hábitos típicos dos burgueses, e assim enfraquecido a nossa luta?

Como sempre me considerei um burguês infiltrado nos movimentos, sempre soube que essa falta de virtude me era inerente. Teria que conviver com esse 'pecado original'. Afinal, era um burguês a serviço da luta dos menos favorecidos e dos marginalizados. E, no fundo, sempre tive consciência disso - assim como, creio, os meus companheiros de jornadas também tinham, desse meu papel (de poeta oriundo da burguesia).

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Mas e com relação aos meus demais companheiros de lutas, os que eram de fato originários do proletariado? Aqueles que eram, originariamente e de fato, marginalizados e menos favorecidos? Esses teriam cometido o pecado capital do "aburguesamento"?

Outra reflexão que devemos fazer para além dos nossos umbigos: fomos de fato derrotados pelo golpe e por esse governo interino que ora se instalou?

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E a nossa luta?!

Lembram do lema: "Não vai ter golpe; vai ter luta!"?

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"Apenas um retrato na parede, mas como dói".

Onde foi parar a nossa luta?

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Lutamos por mais de 30 anos, em diversas frentes (sindicatos, fundação da CUT, movimentos sociais, movimentos por uma comunicação mais democrática, luta anti-globalização, Fórum Social Mundial etc), para depois entregar o poder "de mãos beijadas" a um bando de usurpadores, conservadores e canalhas?

Nos renderemos ao atraso e ao golpe assim tão facilmente?

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Onde nós erramos?

Pois algum erro nós certamente cometemos.

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Como faremos para retomar o protagonismo e o leme da História?

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