O mundo pós Kissinger, o papel influenciador de Lula e a necessidade de se regular o Lobbie

Por mera estratégia de querer a todo custo incriminar Lula em face deste referendar as empresas brasileiras no Exterior, papel exercido por todos os presidentes do Mundo, a Lava Jato tem servido de instrumento político seletivo

29/08/15- São Bernardo do Campo- SP- Brasil. Na manhã desse sábado (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica, ex-presidente do Uruguai e senador pelo país, participaram de uma mesa no seminário 
29/08/15- São Bernardo do Campo- SP- Brasil. Na manhã desse sábado (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica, ex-presidente do Uruguai e senador pelo país, participaram de uma mesa no seminário  (Foto: Walter Santos)


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Por mera estratégia de querer a todo custo incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em face deste referendar as empresas brasileiras no Exterior, papel exercido por todos os presidentes do Mundo, a Lava Jato tem servido de instrumento político seletivo, mesmo que ignorando a função dos Estadistas na defesa dos interesses de seus Países. No mundo de uma forma geral, deva-se registrar no campo restrito da Diplomacia o papel relevante exercido pelo ex-Secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, de ter quebrado o conflito com a China, via Mao Tse Tung, produzindo o maior Lobbie da história favorecendo as empresas americanas, que se instalaram na Ásia para mudar o curso do comércio e da relação ideológica. Por fatores diversos, é o Lobbie como ferramenta da influência dos negócios, que precisa ser regulamentado no Brasil, em 2016 se possível, para extirpar as relações corruptas em especial no Congresso Nacional. Eis o desafio da presidenta Dilma Rousseff.

Embora sejam assuntos envolvendo personagens com perfis ideológicos distintos, no caso Lula, Kissinger e Mao Tse Tung, os três à maneira própria marcaram a história do Mundo pela ampliação dos limites negociais entre Países e Continentes, por isso não compreender e referendar a tática estratégica dos Países na prevalência da defesa de seus interesses é querer brincar com a História ou servir ao interesse escuso da incriminação indébita.

O CASO KISSINGER – MAO E O CAPITALISMO DE ESTADO

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Há que se admitir também que, a fase da negociação secreta entre Kissinger e Mao, quando o Secretário americano esteve em Pequim para costurar a ida em 1973 do presidente Richard Nixon ao histórico encontro diplomático na China se deu em meio à debilidade política de Mao, que para se livrar do isolamento internacional depois de romper com a Rússia, mesmo assim eis que o Lobbie americano acabou vencedor.

Tratamos da questão além da Diplomacia porque o saldo de tudo, depois da fase Nixon derrubado pelo escândalo Watergate, foi de abertura do espaço industrial e comercial chinês às grandes marcas e produtos americanos se instalando nos vários ambientes da China utilizando-se de mão-de-obra barata, mas modificando de vez as relações entre os dois Países e o mercado internacional.

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Não fosse o Lobbie americano, via Kissinger, a história do mundo seria extremamente diferente diante da China pós Mao.

A VISÃO HISTÓRICA DE LULA

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Até 2002, com o Governo FHC, o Governo brasileiro se limitava a dar sequência às ordens e/ou instruções comerciais e diplomáticas dos Estados Unidos. O caso da ALCA – mercado latino-americano que Bill Clinton articulou com FHC para ser implementado em toda a América é um exemplo claro de como o Brasil se comportava no mercado internacional.

Veio Lula e sua nova orientação diplomática gerou uma reviravolta para melhor na imposição do Brasil no contexto das Nações, não só implodindo a ALCA – dai o ódio de setores americanos – mas constituindo nova força comercial com a criação do MERCOSUL e o estabelecimento de negócios ampliados do País com a Rússia, China, India e África gerando, como se sabe, o famoso BRICS. Sem a política de Lula, seria difícil ter um Brasil pujante nessas relações.

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Aliás, o Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio, Armando Monteiro, anunciou em entrevista Exclusiva na edição de dezembro da Revista NORDESTE - www.revistanordeste.com.br - para 2016 a expansão das negociações entre o MERCOSUL e a Europa construindo novas bases de incremento ao desenvolvimento liderado pelo Brasil.

Nesta grande estratégia, Lula cumpriu seu papel de líder além fronteiras ao apresentar as empresas brasileiras à concorrência internacional.

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É assim que fazem os Estadistas.

DILMA DEVE A NOVA LEI DO LOBBIE

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A presidenta Dilma Rousseff bem que poderia começar o ano de 2016, não só dando encaminhamento às medidas de solução das relações políticas com a retomada do crescimento, mas ampliando suas politicas de cerco à corrupção mandando ao Congresso Nacional uma MP tratando da Regulamentação do Lobbie no Brasil.

Sem tirar nem por, este é um dos principais fatores – a inexistência da regra – para disseminar a corrupção nas relações entre empresas, interesses diversos e os parlamentares, posto que muitos só sobrevivem em face do dinheiro escuso, a famosa propina de forma escancarada.

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O caso atual do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que facilitou diversas Medidas Provisórias aos inúmeros interesses empresariais é uma prova inconteste de que o Governo precisa regulamentar a atividade, como há tempo fazem os Estados Unidos.

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