O movimento legítimo dos caminhoneiros
Reconhecemos que pode haver prejuízos para terceiros com risco de desabastecimento e falta de combustíveis, mas precisamos compreender o drama vivido por esses trabalhadores do volante
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Se Albert Einstein estivesse vivo, certamente diria: triste época a que vivemos. Mais fácil quebrar o átomo do que encontrar caminhos de saída e de solução para a terrível crise que estamos vivendo em nosso País.
Uma das consequências dessa crise é a paralisação dos caminhoneiros, os trabalhadores do volante, tão importantes para a vida do País. Sem eles nas estradas, a riqueza se congela, há desabastecimento, e nós passamos por grandes dificuldades. Mas o governo não entende a importância dessa categoria de trabalhadores. O descaso é visível e dramático.
No início deste ano, uma pauta foi entregue ao governo Federal com reivindicações dos caminhoneiros, mas não houve resposta. Não há sequer criatividade para se contrapor às reivindicações propostas pela categoria, que dizem respeito à combustível, frete e financiamento.
Os líderes do movimento e, mais do que os líderes, os caminhoneiros, de forma geral, não acreditam mais no governo. Eles cansaram de ouvir promessas não cumpridas, compromissos não respeitados e, portanto, apelam para a renúncia da Presidente Dilma, na esperança de poder tratar dos seus interesses e dos seus direitos com outro governo. Nós temos que respeitá-los.
Neste sistema democrático a que estamos sujeitos, o respeito à livre manifestação do pensamento e as mobilizações populares são fundamentais, como garantia de que estamos sob a égide de um Estado de direito democrático. Não cabe ao governo acusar caminhoneiros de serviçais de interesses partidários localizados.
Eles não estão a serviço de nenhum partido político; estão na luta pelos seus direitos. Estão nas estradas, paralisando o trânsito, porque, desesperançados, não encontram alternativa de diálogo que possa resultar em sucesso para seus pleitos.
Manifestamos nossa solidariedade ao movimento. Reconhecemos que pode haver prejuízos para terceiros com risco de desabastecimento e falta de combustíveis, mas precisamos compreender o drama vivido por esses trabalhadores do volante, que percorrem as estradas do nosso País, transportando a nossa riqueza, o resultado do trabalho daqueles que produzem. Lamento, profundamente, que o governo não tenha a sensibilidade para atendê-los.
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